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INPA conta com 42 espécimes de peixe-boi

14 de janeiro de 2010
2 min. de leitura
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O Laboratório de Mamífero Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) recebeu, por volta das 6h30 do dia 8 de janeiro, o filhote da peixe-boi da fêmea “Boo”, que entrou em trabalho de parto na terça-feira (5/1).

O INPA agora contabiliza 42 animais da espécie, sendo o sexto nascido no Instituto. Boo é o peixe-boi mais antigo do INPA, no local desde 1974. O animal já passou por quatro gestações, porém em uma das ocasiões o filhote nasceu morto.

Segundo o veterinário do INPA, Anselmo D’Affonseca, um peixe-boi vive em média 60 anos, mas, como os intervalos entre as gestações são longos entre si – quatro ou cinco anos –, o número de filhotes que o mamífero pode ter ao longo da vida é pequeno.

De acordo com ele, o filhote, do sexo masculino, passa bem e já está dando as primeiras nadadas ao lado da mãe. Para o veterinário, a observação ajudará em procedimentos necessários caso o filhote demonstre qualquer comportamento estranho ou fora do padrão.

“Anotamos tudo o que acontece, até se o filhote vai mamar ou não, pois se não acontecer ele terá que ser retirado do tanque”, explica Anselmo.

Reintrodução à natureza

O Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do INPA já realizou duas reintroduções de peixes-bois na natureza. Da primeira vez, em 2008, reintroduziu dois animais e da última vez, em 2009, mais dois.

Quando voltam ao seu habitat, os peixes-boi são monitorados por telemetria, por meio de um aparelho transmissor de rádio. Esse aparelho é posto na cauda do animal e fica emitindo sinais de rádio que são acompanhados diariamente por pesquisadores do Projeto Peixe-boi da Amazônia.

Dos quatro animais reintroduzidos, dois morreram, o outro se desprendeu do aparelho e não foi mais localizado e o quarto foi trazido de volta ao INPA, por não ter se readaptado.

Segundo Anselmo D’Affonseca, o trabalho de reintrodução é muito difícil, já que a maioria chega aos tanques do INPA ainda filhotes, tornando-se muito adaptados ao cativeiro.

“Toda a reintrodução é complicada e envolve risco. Com o peixe-boi não é diferente. Através das tentativas é que vamos aperfeiçoando a metodologia para novas reintroduções”, contou.

Fonte: Click Aventura

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