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Organização Mundial de Saúde Animal estuda o impacto da produção de carne

9 de janeiro de 2010
2 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, pelo seu nome original em francês) estudará o impacto da produção de carne na mudança climática, à luz do debate sobre a contribuição da carne para a emissão de gases de efeito estufa, segundo declarou, nesta quinta-feira (7), a organização, com sede em Paris.

A iniciativa, que será o primeiro da OIE no âmbito do meio ambiente, segue as solicitações dos seus países membros para investigar uma questão que provocou pedidos para a redução no consumo de carne.

Estima-se que a produção de carne gere 18% de todas as emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), e alguns cientistas disseram que a redução no consumo de carne poderia ser uma forma de combater as alterações climáticas.

Uma campanha liderada pelo ex-Beatle Paul McCartney para que as pessoas deixem de comer carne uma vez por semana chamou a atenção para o tema.

Paul McCartney em apresentação sobre o impacto da carne no clima, em 03 de Dezembro de 2009, em Bruxelas. (Foto: Yves Herman/Reuters)
Paul McCartney em apresentação sobre o impacto da carne no clima, em 3 de dezembro de 2009, em Bruxelas. (Foto: Yves Herman/Reuters)

No entanto, o diretor geral da OIE, Bernard Vallat, advertiu contra a simplificação da questão, enfatizando que fatores como o armazenamento de carbono de pastagens devem ser avaliados.

“É uma questão que precisa ser estudada com grande distância”, disse Vallat em uma conferência de imprensa. “Queremos fazer uma contribuição modesta e independente”, disse ele.

“As pessoas também precisam estar cientes de que a produção de gado gera leite e ovos, além da carne, e por isso não pode ser sacrificada no momento em que a demanda por proteínas está crescendo rapidamente entre a população do mundo”, disse Vallat.

“Não existe ainda nenhum modelo científico para provar que o nosso planeta pode ficar sem leite, ovos ou carne”, disse o diretor da OIE.

“O estudo deverá recomendar novas pesquisas para encontrar maneiras de limitar os efeitos diretos da produção de carne no ambiente”, acrescentou Vallat.

Outro foco para a OIE este ano será reduzir os casos de raiva, que faz com que 50 mil pessoas morram no mundo a cada ano, principalmente devido às mordidas de cães.

A organização pediu aos países desenvolvidos que destinem mais dinheiro para a vacinação dos cães, em vez de apenas tratar os infectados, o que é muito mais caro.

Com informações de Reuters

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