EnglishEspañolPortuguês

Cabrito adotado emociona moradores de condomínio em SP

1 de janeiro de 2010
2 min. de leitura
A-
A+

Nanci Dainezi
[email protected]
Dia 12 de outubro, a analista de marketing Michele Almeida, de 24 anos, andava por uma estrada de Piedade, no interior paulista, quando viu muitos cabritos pastando, inclusive dois muito pequenos. Ao voltar do passeio, ela se deparou com uma cena que a tocou muito: um cabrito recém-nascido – o mesmo que viu no início do passeio – berrava desesperado na estrada, sozinho, todo sujo e correndo perigo.

Ela parou e, sem pensar muito, o levou para sua fazenda, onde recebeu orientações de uma amiga veterinária sobre como proceder com o animal. Ela conta que foi um
choque para sua mãe quando ligou, dizendo que levaria o cabrito, ainda sem nome, para sua casa em Alphaville, em São Paulo. “Eu insisti e minha mãe finalmente concordou com meus argumentos. Disse que, sem cuidados intensivos, ele morreria”, declarou.

E assim aconteceu. Já em sua casa, Michele começou a cuidar do animal dando mamadeiras reforçadas e passeando com ele pelo residencial. “Ninguém acredita que estou cuidando de um cabritinho, pois todos estão costumados a ver cachorros e gatos pelo condomínio. As pessoas olham e olham de novo para ver se estão enxergando direito”, brinca.

Mé, nome que recebeu de sua tutora, está crescendo – hoje tem dois meses – e adora suas mamadeiras e passeios diários. Virou praticamente um astro no residencial. “Quando saio com ele, as pessoas param, querem tirar fotos, passar a mão em seu corpinho, ou simplesmente fazer um carinho. As crianças gostam muito dele e os
adultos chegam a se emocionar quando o veem saltar e passear comigo.

“Mé faz muitas pessoas sorrirem”, conta Michele. Ela também diz que está sendo difícil desmamar esse charmoso vegetariano, que precisa começar a comer gramíneas, cenoura e ração própria. “Ele não quer nem saber da ração, no máximo uma quirera e flores, mas não pode ver sua mamadeira que já vem correndo e berrando.” Talvez Michele não saiba o bem que fez a um animal indefeso e, por essa mesma razão, provoque tanta comoção por parte das pessoas de seu condomínio. Resgatar um animal, qualquer que seja ele, é um ato de amor incondicional,
recebido em dobro por tutores de bom coração, como esta moradora.

Você viu?

Ir para o topo