A criação de Zonas de Proteção Especial (ZPE) no mar para conservar as aves marinhas foi defendida nesta terça-feira (08) por especialistas no Congresso Nacional de Ornitologia em Elvas, Portugal.
“As aves marinhas eram pouco conhecidas mas, devido a um projeto pioneiro desenvolvido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) temos identificado as principais espécies a serem protegidas” disse Luís Costa, diretor executivo da SPEA.
Uma das espécies em risco iminente de extinção é a Pardela-balear (Puffinus mauretanicus). “É uma ave que tem ninhos e colônias nas ilhas Baleares, na Espanha, mas que também depende da costa portuguesa durante a migração e o inverno”, alerta o biólogo.
Para a conservação da espécie, Luís Costa defende que é necessário sensibilizar os pescadores. “Os pescadores, quando lançam anzóis ou redes à água, fazem capturas acidentais. É nesta sensibilização que vamos trabalhar numa próxima etapa”.
Como as aves não conhecem fronteiras, é essencial a cooperação entre os países para melhor definir essas áreas de Proteção Especial. É esse o objetivo de dois projetos pioneiros em Portugal e Espanha, que contam com o cofinanciamento do Programa LIFE-Natureza da Comissão Europeia.
Luís Costa sublinha de igual modo a importância dos parceiros também a nível nacional. “Na ilha de S. Miguel (Açores) conseguimos salvar da extinção o priolo por meio da colaboração das autoridades regionais e o cofinanciamento comunitário”, exemplificou.
Fonte: Correio do Minho