Disse BUDA: “Feliz seria a terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e só se alimentassem de alimentos puros, sem derrame de sangue. Os dourados grãos, os reluzentes frutos e as saborosas ervas que nascem para todos, bastariam para alimentar e dar fartura ao mundo.”
Estranha Mensagem
Um instrutor de elevada categoria espiritual chamou certa vez a nossa atenção para um quadro terráqueo, observando o NATAL, à meia-noite. Estava reunida opulenta família, num lauto e elegante banquete. Sobre a mesa posta, guarnecida de alva toalha de linho belga, entre flores perfumadas e candelabros policromos, enfileiravam-se as mais fortes e exóticas bebidas, de permeio a indigestas comedorias natalinas.
Dentre o que se enxergava sobre a mesa, sobressaiam nas louças frias de um necrotério, os cadáveres de leitões recheados, besuntados de banha, trazendo espetados rodelas de limão; cabritos tostados, quais mercadorias salvas de um incêndio, galinhas e perus ao forno, retorcidos, demonstrando os finais estertores de uma degola cruel; churrasco “mignon” no espetinho trabalhado com esmero.
Era de estarrecer! Quanta carnificina! Quanto sangue derramado, quanta dor e sofrimento causados aos pobres e inocentes animais.Vibravam ainda no espaço as angustiantes lamentações que os coitadinhos dos animais deviam ter lançado violentamente aos céus, quando tiveram seus corações transpassados pelo punhal assassino do carrasco insensível.
O saudável cereal, o apreciado legume, a boa hortaliça e a suculenta fruta, apenas representam, naquela mesa, o insignificante papel de mero adorno culinário.
Quase no final do banquete, alguém, levanta a voz, e, a pretexto de prece de Natal, todos começam, de afogadilho, a invocar Jesus, para que Ele, nesse seu glorioso dia, viesse abençoar a mesa posta, aquele matadouro doméstico de IRMÃOS menos evoluídos, aliás nossos irmãos mais chegados.
Sem demora e, como por milagre, a cena mudou inteiramente. Os Espíritos presentes apreciavam a reunião de semblante triste, piedosos; alguns até choravam ante a brutal carnificina.
Após as invocações, Jesus compareceu! Sim; o Nazareno chegou! No luzidio cortejo do Mestre vinham também necessitados, esfomeados, doentes e maltrapilhos. Formou-se então, ao redor do repugnante festim, sem que disso os convivas tivessem a menor idéia, um enorme anfiteatro, abrigando milhares e milhares de entidades, permanecendo bem no centro, o grupo devorador de cadáveres, saudando e homenageando o Menino Jesus que acabava de nascer.
Jesus, o invocado, ofuscando a multidão presente pela luminosidade que d’Ele se desprendia, chegou e colocou-se em pé ante aquela turba. De semblhante profundamente amargurado e triste, de coração opresso, abençoou, não aquele infeliz ato que dera margem a tanta carnificina e dor, mas sim à inditosa família e seus convidados, implorando a Deus uma razão mais lúcida para as suas mentes.
Em seguida, ergue Jesus seu olhar plácido e indulgente e suplica ajoelhado a Deus: “Pai; Perdoa-os mais uma vez, pois ainda não chegaram a entender o não matarás… a ninguém!”
EIS COMO ALGUNS HOMENAGEIAM O MENINO JESUS!
(Mensagem recebida pela Fraternidade há quase 40 anos.)
Fonte: Fraternidade Ramatis