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Cientistas russos querem enviar macaco para Marte

22 de dezembro de 2009
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Os russos querem mandar novamente um macaco ao espaço, como fizeram pela primeira vez em 1983. Desta vez, o destino da viagem é o planeta Marte. “Queremos retornar ao espaço”, afirmou Zurab Mikvabia, diretor do Instituto de Patologia e Terapia Experimental da Geórgia, responsável pelos macacos que participaram do programa da década de 1980.

O macaco Lapik retorna de voo de duas semanas ao espaço, em 1997.  (Foto: AP)
O macaco Lapik retorna de voo de duas semanas ao espaço, em 1997. (Foto: AP)

Depois da cadela Laika, enviada ao espaço em 1957, no Sputnik 2, da União Soviética, muitos outros animais já foram vítimas desse tipo de exploração. A cadela morreu uma semana depois, quando o foguete se desintegrou na atmosfera.

De acordo com Mikvabia, um robô deve acompanhar o primata no trajeto até o Planeta Vermelho, com o objetivo de alimentá-lo e tomar conta de sua limpeza. Com a frieza típica dos cientistas sádicos, Mikvabia afirma: “Nosso desafio é ensinar o macaco a cooperar com o robô”. Apesar da presença do robô na missão, a participação do primata cria atritos com grupos de proteção aos animais.

O instituto já começou a negociar com a Academia de Cosmonáutica da Rússia a preparação do macaco, que ainda passará por um longo período de simulação de voos espaciais. A iniciativa agrega o projeto Marte 500, resultado de uma união entre Rússia e Europa, que já enclausurou seis voluntários homens em uma cápsula localizada em Moscou por 120 dias, para simular uma missão ao Planeta Vermelho.

Mikvabia explica que, anteriormente, o programa consistia em enviar cosmonautas humanos a Marte. Porém, considerando a longa duração do voo e os raios cósmicos para os quais ainda não existe proteção adequada, as discussões passaram a focar os primatas no lugar dos homens.

A duração estimada para a jornada a Marte varia, dependendo do tipo de missão. A Agência Espacial Europeia acredita, no entanto, que a viagem proposta deve levar 520 dias, ou cerca de um ano e meio.

Com informações da Veja

Nota da Redação: Nem por uma suposta grande descoberta, valeria torturarmos vidas ou sacrificá-las. Se o interesse é de nós, humanos, não é justo que coloquemos em risco ou em condições estressantes seres inocentes, sejam eles humanos ou não humanos. Dominar não é sinal de força, é sinal de covardia. Aprendamos a respeitar os animais!

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