O cão mexicano Lobinho sobrevivia, doente e desnutrido, no meio do lixo, na favela do Alto da Caieira do Saco dos Limões, em Florianópolis, SC. Até o dia em que a voluntária Rosa Villanueva resolveu levá-lo para ser atendido na Coordenadoria de Bem-estar Animal, a Coobea, em junho deste ano. A diretora Maria da Graça Dutra, vendo tanto sofrimento, decidiu hospedá-lo até sua total recuperação, mesmo sabendo que talvez ele nunca fosse adotado.

Durante sua estadia na Coobea, Lobinho conheceu Jolie, uma cadelinha da mesma favela, que se tornou sua companheira inseparável. Em agosto, Lobinho e Jolie foram adotados pela cabeleireira Bernadete Cerapia. O cachorro – que é portador de sarna demodésica – não recuperou o pelo. Sua tutora passeava sempre com eles pela vizinhança e, ao ser interrogada sobre a estranha aparência de Lobinho, respondia muito orgulhosa: “ele é um cão pelado mexicano, uma raça muito rara”. Lobinho ficou conhecido como o cão de raça rara, possivelmente muito caro.

Foi então que, na madrugada do dia 4 deste mês, uma sexta-feira, parou um carro em frente à casa e uma pessoa roubou o Lobinho. Isso mesmo: o vira-latas da favela da Caieira do Saco dos Limões, com sarna demodésica, foi roubado, deixando inconsoláveis sua dona, Bernadete, e a amiga Jolie, que a cada dia que passa está mais magrinha, pois se recusa a comer. Até agora não se sabe o paradeiro de Lobinho. Quem tiver alguma informação, pode entrar em contato pelos fones (48) 3237-6890, 3234-5677 ou 9152-7337. Quem sabe esta história ainda possa ter um final feliz?

Lobinho (ao lado da companhiera Jolie) foi sequestrado no início de dezembro, de dentro do quintal da casa da família