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Estudos determinam habitat de tubarão-martelo por DNA

15 de dezembro de 2009
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Estudo norte-americano, do qual o pesquisador brasileiro Danilo Pinhal também fez parte, conseguiu, pela análise de fragmentos do DNA mitocondrial das barbatanas de uma espécie de tubarão-martelo (leia-se Sphyrna lewini, globalmente explorada pela pesca), determinar a região geográfica oceânica onde ela é capturada.

A descoberta abre o precedente para se propor uma moratória ou mesmo a restrição de sua captura naquela área, já que atualmente a espécie está ameaçada de extinção pela pesca e pelo comércio de suas barbatanas. Hong Kong representa o principal explorador desse comércio mundial.

“O problema é a falta de fiscalização sobre a pesca e o comércio desses animais. Os pescadores empregam o finning, método cruel em que o animal é capturado e, depois de cortadas as barbatanas, é jogado no mar ainda vivo. Como não consegue mais nadar, agoniza até a morte”, pontua Pinhal, que é doutorando no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, interior de São Paulo.

“Conseguimos associar todas as barbatanas analisadas a uma determinada área dentro dos oceanos, onde essa espécie de tubarão-martelo habita, com base na similaridade entre a composição genética das barbatanas e estoques genéticos dos indivíduos dessas águas”, disse o brasileiro.

A pesquisa foi coordenada por Demian Chapman, da Universidade Stony Brook, em Nova York, e por Mahmood Shivji, diretor do Instituto de Pesquisa Guy Harvey, da Universidade Nova Southeastern, na Flórida, Estados Unidos.

No artigo publicado, os pesquisadores concluíram que 21% das barbatanas analisadas eram provenientes do Atlântico Ocidental, região onde o tubarão-martelo já entrou na lista de espécies consideradas “em perigo”, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

De acordo com o biólogo, é a primeira vez que um estudo conseguiu determinar a origem geográfica por meio das barbatanas,  utilizando o DNA.

Com informações da EPTV

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