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Ambientalista usa bichos de pelúcia para simular o sofrimento

12 de dezembro de 2009
2 min. de leitura
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No Dia Internacional dos Direitos Humanos e Direitos dos Animais, o ambientalista Aramy Fablício provocou a sociedade mais uma vez, por meio de um protesto contra os maus-tratos aos animais silvestres e domésticos. Fablício esteve ontem durante o dia, instalado na Praça da Bandeira, Centro de Campina Grande – PB, distribuindo informações aos transeuntes sobre a importância da preservação da natureza regional, rica em flora e fauna, por causa da transitoriedade entre Mata Atlântica e Caatinga. O ambientalista também protestou contra um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e que pretende modificar parte da Lei de Crimes Ambientais.

“Se este projeto for aprovado haverá um grande retrocesso na história da proteção animal. O combate às crueldades realizadas contra os animais, como as rinhas de galo, de cães, rinhas de canários e as famigeradas vaquejadas, seria dificultado ao extremo”, informou ele. De acordo com o ambientalista, se o projeto for aprovado pode ferir o artigo 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), que diz que praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, culmina com uma pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Conforme Aramy, grande parte da sociedade ainda não consegue compreender a importância da valorização da vida animal, e que os bichos, quando presos, são tratados na maioria das vezes como meros objetos. “Uma das aves mais bonitas da região, o azulão nordestino, que se destaca pelo cantar e pelo lindo perfil, já está em processo de extinção e é muito difícil encontrá-lo na natureza. Por incrível que pareça, ele é mais encontrado na cidade, dentro de gaiolas, do que no seu habitat natural”, disse. O ambientalista acredita que a sociedade pode contribuir para que o tráfico de animais diminua gradativamente, por meio do investimento na educação e cultura, principalmente dos mais jovens.

Como forma de protesto, Fablício chamou a atenção dos que passavam pelo local, com uma barraca montada em plena praça, e fez uma simulação do que acontece com os animais maltratados, utilizando uma representação com bichos de pelúcia.

Além de panfletos educativos, o ambientalista também distribuiu centenas de mudas de arvores que são plantadas nos saquinhos vazios reaproveitados do programa fome zero do governo federal. Essas saquinhos vazios são recolhidos por Aramy por intermédio do Projeto “Saco de Leite Vazio Não é Lixo”, que recolhe as embalagens vazias de leite para o plantio de mudas de árvores.

“Pode parecer simples um protesto como esse, mas, se cada um não fizer a sua parte em preservar o meio ambiente, principalmente na educação dos jovens, no futuro talvez tenhamos de explicar para uma criança o que é um animal de verdade usando os arquivos da mídia. Com certeza não é esse o mundo que queremos deixar para as futuras gerações, por isso sempre estarei na luta pelo meio ambiente, para isso conto sempre com o apoio da imprensa, a qual parabenizo por levar cultura e consciência ambiental as pessoas”, comenta o ambientalista.

Fonte: Paraiba.com.br

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