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Cachorro de Bauru é encontrado por casal de Marília, vai até São Paulo, passeia e acaba devolvido aos tutores

6 de dezembro de 2009
4 min. de leitura
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O cocker Pimpa não pode ver o portão de casa aberto que logo escapa. Morador do Núcleo Gasparini, em Bauru, até a semana passada nunca tinha ido muito longe. Fugia e logo era encontrado por seus tutores, a técnica de enfermagem Cleonice Prado Cavalieri, e o filho dela, o estudante Henrique.

Na semana passada, no entanto, viveu a maior aventura de sua vida. Uma história quase inacreditável.

Pimpa fugiu quando os tutores não estavam em casa. À noite, ao não encontrar o cachorro, mobilizaram a família para a busca. Ficaram até de madrugada percorrendo as ruas do bairro.

No fim de semana, espalharam cartazes com fotos do animal e o contato para devolução. Com medo de Pimpa voltar e não conseguir entrar, a técnica de enfermagem chegou a dormir na varanda de casa.

O ex-marido dela, Henrique Perazzi de Aquino, falou sobre o sumiço em seu blog e recebeu dicas de amigos para usar uma rede de e-mails abastecida pelo jornalista César Savi na tentativa de encontrar Pimpa.

Perazzi seguiu o conselho e, duas horas depois, começou a receber informações sobre o paradeiro do cão.

Aí começa a segunda etapa da história, a mais inusitada. Pimpa foi encontrado às margens da rodovia Marechal Rondon pelo casal formado por Juliana e Paulo Giorgi, de Marília.

Eles estavam a caminho de São Paulo, Juliana estranhou ver um cocker bem tratado perdido e o colocou no carro.

O casal comprou comida, uma vasilha de água e um tapete para Pimpa, que descansou a viagem toda.

Na capital para um compromisso, Juliana e Paulo tiveram que procurar um pet-shop que aceitasse hospedá-lo. Ele ficou nas proximidades do Morumbi Shopping, região nobre de São Paulo. Até passeou pelas ruas de lá. De volta a Marília, Paulo também recorreu à internet e conseguiu encontrar os tutores do cão.

Anúncio leva ao reencontro com o animal

Proprietários de uma lavanderia em Marília, Juliana e Paulo tutelam um poodle. Não viajam com ele por causa do desconforto de deixar o cão horas no carro. Mas não pensaram duas vezes na hora de salvar Pimpa,  molhado e perdido à beira da rodovia.

“Tive medo que fosse atropelado. Só pensei em tirá-lo de lá”, diz Juliana. Na volta da viagem, o casal passou por Bauru para anunciar o sumiço do cocker caramelo. Chegou a percorrer ruas próximas de onde foi encontrado, sem achar pistas.

Em Marília, Paulo passou uma manhã inteira na internet, divulgando a informação sobre o cão encontrado.

Mandou e-mails para rádios e para o site “Mania de Cão”, que tem o serviço de achados e perdidos.

Amigos dos tutores viram os anúncios, com fotos, e avisaram, o que possibilitou o contato entre a família de Bauru e o casal de Marília.

Cleonice, o ex-marido e o filho foram para Marília na terça-feira buscar o cocker, que os recebeu feliz.

“Ele é tão bonzinho”, derrete-se Juliana, que adorou passar alguns dias com o cachorro fujão.

Nova rotina inclui passeios diários

Pimpa mora com Cleonice e Henrique há 13 anos e meio. O estudante, que tem 15 anos, era pequeno quando o cocker chegou. E ficou arrasado com o sumiço do velho amigo.

“Ficamos desesperados, de baixo astral”, conta a técnica de enfermagem. “Falei para amigos: estou em depressão”.

Cleonice demorou para acreditar que o cachorro encontrado pelo casal de Marília era o seu cocker. Isso porque Pimpa é bastante sapeca e teria dificuldades em viajar quieto até São Paulo.

Na ida, ele foi deitado por causa do cansaço provocado pela fuga. Na volta, descansado, latiu o tempo todo. Obrigou Paulo a comprar um tapa-ouvidos.

“Achei que foi espertinho e sortudo”, diz a tutora do cocker sobre o fato de ele ter sido encontrado e salvo. “Esse casal foi muito legal”.

Agora, os planos da família incluem passeios diários pelo bairro em que moram.

“É para ele saber voltar se a fuga acontecer de novo”, explica Cleonice.

Medalhas e chips são opções

Medalinhas de identificação, que são penduradas nas coleiras com os dados do cachorro gravados, podem ajudar no caso de sumiço dos animais.

No site “Mania de Cão”, há informações sobre uma novidade: a possibilidade de implantar chips de identificação eletrônica nos pets.

Os chips podem ser implantados sob a pele dos cães, por meio de uma injeção, aplicada por médico veterinário.

Fica invisível e pode armazenar dados sobre o histórico do animal [nascimento, vacinas] e informações sobre os tutores [endereço, telefone, etc].

Com informações de Rede Bom Dia

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