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Justiça manda apurar morte de peixes no MS

5 de dezembro de 2009
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A Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Três Lagoas está atuando desde o final de novembro “para análise e providências que o caso requer” junto à Companhia Energética de São Paulo (CESP), sobre os desequilíbrios ambientais causados a partir do blecaute, chamado apagão, ocorrido no dia 10 de novembro último.

Está à frente dos trabalhos o promotor Antônio Carlos Garcia de Oliveira. A informação é confirmada na Secretaria Geral do Ministério Público de MS. “Um dos fenômenos mais evidentes do desastre ambiental aqui referido é a mortandade de peixes no rio Paraná, região de Três Lagoas, na área de influência da usina Jupiá, operada pela Empresa”, escreveu o deputado Akira Otsubo (PMDB),  em seu Requerimento protocolado na Procuradoria-Geral de Justiça no último dia 17.

O blecaute ocorrido na noite de terça-feira (10/11) atingiu Mato Grosso do Sul logo após as 21h, assim como a 17 outros Estados do Brasil. Akira Otsubo explicou que, no exato momento do “apagão” a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), operada pela Cesp, conforme informação corrente desligou as suas turbinas. “Então o nível do rio Paraná baixou súbita e rapidamente, e, provavelmente pelo fato de milhares de peixes ficarem aprisionados em plantas aquáticas, por causa da brusca redução da vazão, houve uma enorme mortandade”, diz o deputado. As mortes de espécimes foram testemunhadas pelos pescadores e população local.

Em que pese o fato de a Companhia admitir oficialmente que a redução temporária da vazão defluente da hidrelétrica de Jupiá tenha provocado mortandade, e que as equipes de operação tomaram medidas imediatas no sentido de recompor a vazão abaixo da barragem, abrindo o vertedouro, evitando “uma mortandade maior”. Otsubo adverte que “é de notório conhecimento, inclusive popular, que a má gestão, a falta de investimento (em recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos) e o descaso para com o meio ambiente, na busca de alta lucratividade com menor desembolso, tudo isso provoca calamidades a exemplo da que estamos denunciando”.

Fonte: Jornal do Povo

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