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Estreia na Espanha programa com motoqueiros que resgatam animais maltratados

3 de dezembro de 2009
3 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

Eles se conheceram em corridas de motos, garagens de bairro e encontros de tatuagem. São durões e cresceram nas ruas. Um belo dia decidem trabalhar por uma boa causa: o resgate de animais maltratados. Avós e senhoras contam desde então com um ruído de motor aliado em sua luta pela defesa de cães e gatos.

Esses anjos tatuados se chamam Rescue Ink, um grupo de motoqueiros que não faz bobagens. Entre seus feitos, já entraram em uma casa onde havia 120 gatos para ajudar a tutora a reunir os animais; descobriram os crimes horríveis de Sharon McDonough – a Cruela Cruel de Long Island, que torturava animais e obrigava seus filhos a lhe ajudar –, que enterrou 20 cachorros em seu jardim; e ensinaram várias crianças a educar seus cães.

Batso, um dos durões protetores de animais do programa Rescue Ink. (Imagem: El País)
Batso, um dos durões protetores de animais do programa Rescue Ink. (Imagem: El País)

Desde que, em uma noite em 2007, um vizinho do bairro de Queens, nos Estados Unidos, os levou até Maximus, um cachorro que havia sido queimado, a popularidade destes durões de bom coração não parou de crescer. “É certo que em 75% das casas onde se maltratam animais existe o abuso de crianças ou mulheres”, dice Joe, um dos fundadores do grupo.

Uma reportagem no jornal The New York Times trouxe fama ao grupo de motoqueiros. Logo apareceu um convite para um programa de televisão, e pouco depois o canal National Geographic batia em suas portas.

Já estão gravando a segunda temporada da série, que teve sua estreia recentemente, na Espanha. O programa alcançou um êxito notável e foi considerado pela People’s Choice o melhor programa sobre animais.

Entre os nove membros que compõem o grupo estão Ángel, um porto-riquenho que trabalhou como detetive para a polícia; Big Ant, que cresceu nas ruas de Napoles; Johnny O., ex guarda-costas, e G, um afro-americano cuja ternura desarma o mais feroz dos animais. Mary é a única mulher, com muita experiência em proteção de animais. O grupo Rescue Ink se tornou um trabalho de tempo quase integral para seus membros. “É perigoso. Saímos nas ruas e não sabemos o que vamos encontrar”, explica Joe.

Duas câmeras e uma equipe de produção acompanham Rescue Ink em uma fria manhã de novembro. O fiscal do distrito pediu que resgatem uma cadela prenha, maltratada pelo filho de sua tutora, uma mulher de 74 anos. O furgão leva o grupo até um subúrbio esquecido de Long Island. Chamam na porta até que aparece um rosto amargo. No total existem três cachorros dentro da casa. Os seis homens falam com a tutora e tranquilizam a cadela antes de levá-la. Buscarão um novo lar para ela através da rede de proteção de animais.

As aparências enganam e são materiais excelentes para reality shows. Neste universo estranho da realidade televisiva made in USA, onde um casal finge que seu filho saiu voando, estes anjos tatuados têm sabor autêntico.

Com informações de El País

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