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Avisos denunciando abrigo da Humane Society de Toronto teriam sido ignorados

3 de dezembro de 2009
2 min. de leitura
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Por João Marcos Ezaquiel Nascimento   (da Redação)

Três meses antes de o Ministério de Recursos Naturais remover todos os animais do departamento de animais selvagens da Humane Society de Toronto, no Canadá, um antigo empregado do abrigo alertou sobre a falta de profissionalismo e condições desumanas.

Em um relatório de oito páginas, Nicole Richer detalhou violações como:

Nenhum empregado possuía treinamento para lidar com animais selvagens, e apenas um tinha tomado vacina contra raiva; guaxinins eram mantidos no mesmo espaço que cães domésticos, expondo potencialmente os animais de estimação a parasitas; faltavam funcionários ao departamento, impedindo os empregados de alimentar os animais selvagens de maneira regular.

No entanto foi apenas na terça-feira (1) – dias depois que a Ontario Society for the Prevention of Cruelty to Animals (Sociedade para Prevenção de Crueldade aos Animais de Ontário) invadiu o abrigo, prendendo cinco pessoas, incluindo o presidente e o veterinário chefe – que o ministério resgatou os animais.

“Eu aprecio eles terem tomado uma atitude, mas eles poderiam ter agido mais cedo”, falou Richer.

No entanto, oficiais de conservação do ministério haviam inspecionado o centro de vida selvagem em julho e outubro, se reunindo com a administração do THS para ajustar qualquer violação flagrante, disse a Ministra de Recursos Naturais Donna Cansfield.

Cansfield disse não ter visto o relatório de Richer, mas que ele pode ter sido enviado para investigadores do ministério.

Ainda assim, as alegações de inaptidão no departamento de vida selvagem do THS datam de 2006.

“Parecia que os administradores estavam contratando pessoas das ruas, sem nenhuma experiência no trato de animais selvagens… Isso me horrorizou” disse Kip Parker, que era então diretor de vida selvagem com os Earth Rangers, uma respeitada agência de reabilitação de animais selvagens que cancelou seu contrato com a sociedade para receber animais do abrigo.

Parker, que no momento estava em um comitê de assessoria para o ministério, disse que existiam preocupações acerca das instalações da instituição de caridade.

Na quarta, o THS anunciou que alguns diretores – incluindo o presidente interino Bob Hambley – contrataram um proeminente advogado criminal para combater as acusações de crueldade com os animais.

Frank Addario não falou quantos membros da direção ele representa, mas confirmou que entre seus clientes não estão inclusos o presidente da THS Tim Trow ou os outros quatro membros da direção que sofreram acusações criminais depois da invasão.

Addario disse que as acusações deveriam ser vistas no contexto de “uma longa série de desentendimentos” entre as duas organizações.

Fonte: The Star

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