EnglishEspañolPortuguês

Cientistas criam carne de porco artificial

2 de dezembro de 2009
2 min. de leitura
A-
A+

Por Raquel Soldera (da Redação)

Um grupo de cientistas holandeses conseguiu pela primeira vez cultivar carne de porco em laboratório a partir das células de um animal vivo. Ainda que até o momento ninguém tenha consumido, os cientistas acreditam que pode ser lançado no mercado em cinco anos.

A comercialização do produto traz benefícios ao meio ambiente, com a redução da emissão de metano proveniente das criações de porcos, além de contribuir para o fim do sacrifício dos animais, já que, segundo os cientistas, com as células de um porco é possível obter tanta quantidade de carne como a que proporciona a matança de milhares de porcos.

Imagem: AnimaNaturalis
Imagem: AnimaNaturalis

Os cientistas extraíram células de um animal vivo, chamadas mioblastos, e as colocaram em cultivo para aumentar seu crescimento em uma placa de Petri. As células se multiplicaram e criaram um tecido muscular. Agora, a equipe busca a fórmula para desenvolver artificialmente este músculo e conseguir um produto mais denso, com melhor textura, parecido com um filé ou um embutido.

O produto, patrocinado pelo governo holandês e um fabricante de salsichas, se baseia na criação de um filé de pescado artificial, obtido das células de peixes, em Nova York. Mark Post, professor de fisiologia da Universidade de Eindhoven, acredita que a carne de laboratório “trará benefícios ao meio ambiente e acabará com o sofrimento dos animais. Se parecer carne, as pessoas comprarão”. Tentarão fazer o mesmo com a carne de frango, vaca e carneiro.

A carne artificial foi bem recebida por organizações de proteção aos animais como PETA, que não colocam nenhuma “objeção ética”, enquanto não envolve a morte de nenhum animal. As associações vegetarianas questionam se podem confiar na garantia de que realmente a carne é artificial e não tem nenhum componente de um animal morto.

Com informações de AnimaNaturalis

Você viu?

Ir para o topo