Uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) apreendeu uma grande quantidade de armas de caça e animais empalhados numa fazenda do município de Cocalinho, região do Araguaia, a 708 km de Cuiabá.
A operação começou na sexta-feira (27) quando o Ibama foi checar denúncia de que havia uma jaguatirica e algumas aves aprisionadas na fazenda denominada Pequi, às margens do rio das Mortes, onde os agentes ambientais se depararam com um verdadeiro arsenal de caça: seis rifles, sendo quatro com mira para caça, e mais quatro revólveres e muita munição de grosso calibre, inclusive com balas explosivas e algumas importadas.
Ainda na fazenda foram encontrados dois veados empalhados, vários enfeites de mesa com cabeças de animais silvestres e artefatos de pesca como redes, tarrafas e pindas.
O gerente do Ibama, José Roberto Moreira, informou que o proprietário Arnaldo Ferreira Leal não estava na propriedade quando houve a apreensão, todavia ele deve responder por crime ambiental, tráfico de animais, caça e porte ilegal de armas.
O Ibama contou com apoio do Juizado Volante Ambiental (Juvam), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar na operação realizada de sexta até domingo. Os objetos apreendidos na fazenda foram apresentados na manhã de hoje (30) na sede do Ibama em Barra do Garças.
A suspeita do Ibama é de que na fazenda funcionasse uma espécie de retiro de caça devido ao número de armas e munições que foram encontradas lá. Outra suspeita é com relação ao tráfico de animais.
O caso deverá ser investigado a partir de agora pela órgão ambiental, com apoio do Poder Judiciário. O proprietário da fazenda não foi localizado, mas segundo José Roberto ela já foi autuado por crime ambiental e vai ter que explicar a quantidade de armas encontradas em sua fazenda.
O gerente do Ibama agradeceu o apoio dos oficiais de Justiça, bombeiros e policiais militares que auxiliaram na operação. De acordo com José Roberto, o Ibama está intensificando a fiscalização no Araguaia para combater a caça e a pesca predatória. Infelizmente tem crescido uma modalidade de turismo de caça e pesca principalmente nos rios Culuene, Sete de Setembro, Couto Magalhães e rio das Mortes, onde a fiscalização é menor.
A depredação acontece mais no período de férias (dezembro e junho), quando chegam à região os turistas de outros estados.
Fonte: Olhar Direto