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O estilista Tim Gunn mostra que na moda não há lugar para a utilização de peles de animais

26 de novembro de 2009
2 min. de leitura
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Por Marcela Couto (da Redação)

Em entrevista concedida ao Los Angeles Times, o guru de estilo criador do reality show Project Runway, Tim Gunn, mostrou sua opinião a respeito das peles de animais. Como qualquer bom estilista, Gunn é contra a prática dentro da moda, e até já narrou um vídeo antipeles do PETA.

Tim Gunn
Foto: F. Scott Schafer / Bravo

Los Angeles Times: Devemos agradecer-lhe pelo fato de o Project Runway não incluir peles nos desafios fashionistas?

Tim Gunn: Sim, devem (risos). Fui chamado de babaca quando convidei o PETA para falar com os estudantes. A indústria ficou maluca, então eu disse: “Esperem um momento, a comissão internacional de comércio de peles está vindo aí. Preciso trazer outro ponto de vista para que os estudantes decidam por si próprios.” Eu diria que todos que escolhem usar peles são obrigados a saber sua origem.

Uma mulher me abordou dizendo que sua peça favorita do closet era um casaco de mink, mas que ninguém reparava que era pele porque os pelos estavam aparados. Eu respondi a ela: “Então, você não tem mesmo desculpa, pele de mink aparada é idêntica ao veludo, então use um casaco de veludo, oras”. Também não sou nem um pouco fã de imitações de pele que parecem reais – preferia muito mais que parecessem falsas.

Ainda assim, as estações vão passando e vemos pele, pele e mais pele na passarela. As campanhas antipeles do PETA, mesmo com celebridades, não podem competir com as explosões publicitárias das grandes marcas da moda. Infelizmente, essas campanhas caríssimas é que guiam os hábitos de consumo.

Não há razão para matar animais por peles. Vestir uma pele é como vestir uma grande placa dizendo “Sou a favor de inflingir crueldade e dor aos animais em nome da moda”. Uma tortura indescritível é cometida contra cães, gatos, coelhos, raposas, chinchilas, minks e tantas outras criaturas indefesas com o pretexto de fazer moda.

Com informações de Los Angeles Times

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