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Político israelense rejeita projeto de lei que proíbe importação de pele de animais

25 de novembro de 2009
2 min. de leitura
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Por Karina Ramos (da Redação)

O shtreimel, ou chapéu de pele tradicional, usado por alguns judeus ortodoxos (haredim) pertencentes a movimentos originários da Galícia, Hungria e Romênia, pode ter se tornado um item difícil de obter.

Os legisladores haredim atacaram agressivamente uma lei proposta por Ronit Tirosh (do partido israelense de centro, Kadima) e apoiada por ativistas dos direitos animais. Esta lei proibiria a importação de peles de animais da Ásia, inclusive da China.

Os ativistas dizem que os países asiáticos estão sendo desnecessariamente cruéis com os animais.

Entretanto, Menahem Eliezer Moses, do United Torah Judaism (aliança partidária israelense ultraortodoxa), se opôs ao projeto de lei, que entrou em discussão no Comitê Educacional de Knesset (parlamento israelense).

Menahem Elizer Moses, político israelense
Menahem Elizer Moses, político israelense

Menahem argumentou que a legislação proposta iria ferir os haredim que têm o costume de vestir os chapéus de pele no Shabbat e nos feriados.

“Nunca mudaremos nossas vestimentas tradicionais por causa da lei”, disse Menahem em um comunicado à imprensa. “Não há dúvidas de que o Torá proíbe a crueldade contra os animais, mas os shtreimels vêm sendo usados há muitas gerações.”

Haim Amsalem, do Shas (partido de direita) disse que a lei permite causar dor aos animais, desde que seja uma necessidade humana.

Devido à oposição de Menahem e Haim, assim como do Ministério da Agricultura (por motivos econômicos, obviamente), a votação do projeto de lei foi adiada.

Fonte: Animal Concerns

Nota da Redação: Segundo a declaração infeliz de Menahem Moses, a crueldade contra os animais é permitida em caso de “necessidade humana”. Isso, por si só, já é um conceito totalmente equivocado, responsável pela maneira desumana com a qual os animais são tratados em nossa sociedade. Além disso, onde está a “necessidade” no ato de usar um chapéu de pele? A tradição por si só não justifica a dor que os animais sentem.

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