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Vazamento de óleo atinge área de reprodução de tartarugas no Espírito Santo

25 de novembro de 2009
2 min. de leitura
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A Praia de Degredo, área de reprodução da tartarugas ameaçadas de extinção, no litoral norte do Espírito Santo, foi atingida hoje por uma mancha de óleo. O combustível vazou na noite de segunda-feira durante o carregamento do navio Pirajuí no Terminal Norte Capixaba (TNC), unidade da Transpetro. A subsidiária da Petrobras informou que foram derramados dois mil litros de petróleo bruto.

O óleo se espalhou por uma faixa de seis quilômetros da praia, no auge do período reprodutivo da tartaruga-de-couro, também conhecida como tartaruga gigante, a mais ameaçada de extinção. Cerca de 80 homens trabalharam durante o dia para limpar a região. Foram recolhidas duas toneladas de areia e dois mil litros de “água oleosa”, segundo dados do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).

“A maré está baixa, e o óleo não atingiu a região dos ninhos. O risco imediato será para as tartarugas adultas que saírem do mar para depositar seus ovos”, afirmou o biólogo Beto Schneider, do Projeto Tamar, de preservação das tartarugas marinhas. Praias da região de Comboios e Povoação – outros dois pontos de desova dessa espécie e da tartaruga cabeçuda – ainda não haviam sido atingidas.

O terminal da Transpetro fica em frente ao município de São Mateus. Uma monoboia a cerca de quatro quilômetros da costa faz o abastecimento dos navios. Nesse procedimento, houve o vazamento, segundo informações do diretor-técnico do Iema, Fernando Aquinoga.

O vazamento chegou a ser contido com boias na terça-feira, mas o vento sul levou a corrente para a direção de Linhares, município em que fica a Praia de Degredo. “A situação está controlada. A área de Degredo é sensível, tem uma restinga bastante preservada, que nos preocupou muito no primeiro momento, mas o controle e a limpeza foram eficientes”, afirmou Aquinoga.

O órgão está preparando relatório do impacto ambiental causado pelo acidente para definir a multa que a Transpetro terá de pagar. Em outubro, a subsidiária já havia sido autuada e multada em R$ 200 mil pelo Iema por contaminar a água e a areia de Praia Barra Nova, em frente ao TNC, em São Mateus.

De acordo com a Transpetro, não houve falha na operação, mas as causas do acidente ainda serão investigadas.

Fonte: Diário do Pará

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