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Tartarugas sofrem na Costa Rica por causa das mudanças climáticas

21 de novembro de 2009
2 min. de leitura
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Imagem: Ruth Fremson/The New York Times
Imagem: Ruth Fremson/The New York Times

A cidade de Playa Grande, na Costa Rica, é conhecida há muito tempo por abrigar o Parque Nacional das Tartarugas-Gigantes, por excursões noturnas para ver os animais nas praias e por manter até um Museu da Tartaruga.

Porém, o desenvolvimento desordenado, a alta na temperatura e o aumento do nível do mar, que muitos cientistas associam ao aquecimento global, diminuíram bastante a população de tartarugas no Pacífico.

Em uma praia onde dezenas de tartarugas costumavam fazer ninho, cientistas observaram apenas 32 tartarugas-gigantes em todo o ano passado. Com esses animais ameaçados de extinção, o caríssimo museu da tartaruga de Playa Grande foi abandonado há três anos, e agora jaz em meio a ervas daninhas. A bilheteria para tours de observação de tartarugas, que ficava pertinho da praia, foi destruída por uma grande onda em setembro.

“Já não promovemos mais este lugar como um destino de turismo para observação de tartarugas, pois percebemos que existem pouquíssimos animais”, conta Álvaro Fonseca, guarda florestal.

Mesmo antes que os cientistas descobrissem o aumento assustador das temperaturas ao longo da última década, as tartarugas marinhas foram ameaçadas pelo desenvolvimento da praia, pela pesca com rede e pelo gosto dos costa-riquenhos por comer ovos de tartaruga, considerados uma iguaria. Entretanto, as mudanças climáticas podem dar o golpe fatal em um animal que habita o Pacífico há 150 milhões de anos.

As tartarugas marinhas são sensíveis a inúmeros efeitos do aquecimento. Elas se alimentam em recifes, que estão morrendo em mares mais quentes e ácidos. Elas põem ovos em praias que estão sendo inundadas pelo aumento do nível do mar e tempestades mais violentas.

Um aspecto peculiar: o sexo da tartaruga não é determinado pelos genes, mas pela temperatura do ovo durante o desenvolvimento. Pequenos aumentos na temperatura da praia podem resultar em populações exclusivamente femininas – o que, obviamente, representa um problema para a sobrevivência da espécie.

Imagem: Ruth Fremson/The New York Times
Imagem: Ruth Fremson/The New York Times

Fonte: G1

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