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Associação ambientalista quer impedir novos parques eólicos em Portugal

21 de novembro de 2009
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A associação ambientalista Quercus quer que sejam proibidos novos parques eólicos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), em Portugal, devido aos seus impactos, admitindo que pode estar comprometido o estatuto de área protegida.

“A Quercus considera que deve ser interditada a instalação de novos parques eólicos, devido aos impactos associados”, sustenta a associação no parecer emitido na discussão pública da revisão do plano de ordenamento do PNSAC, que termina nesta terça-feira (24). Segundo a associação, os impactos decorrem da “abertura de novos acessos, fragmentação de habitats e mortalidade de espécies da fauna ameaçadas de extinção”, como é o caso de morcegos ou da gralha-de-bico-vermelho.

“Devem apenas ser permitidos projetos de microgeração para o aproveitamento das energias renováveis”, defende a Quercus, lembrando que “a possibilidade de instalação de novos parques eólicos é algo que contradiz as orientações definidas no Plano Setorial da Rede Natura 2000”.

O presidente da Quercus, sediado em Ourém, afirmou hoje que o plano dá “enorme relevância a algumas atividades econômicas, como é o caso do setor da extração”. “Fica-se com a sensação que, com o rol extenso de artigos, estamos na presença de um plano setorial para regulamentar o setor da indústria extrativa da pedra calcária”, disse Domingos Patacho sobre o propósito.

O ambientalista entende que “algumas espécies da flora e da fauna com distribuição restrita ou com estatuto de conservação desfavorável mereciam regras de proteção mais eficazes e objetivas”. O dirigente adiantou que no parecer da Quercus ao plano de ordenamento é sugerida a integração de “um artigo que defina uma área-tampão ou pré-parque como existe em outros países, constituída por uma faixa de 500 metros contíguos aos limites do PNSAC”.

Para o responsável, neste corredor, “atividades suscetíveis de afetar áreas naturais importantes para a conservação de habitats ou de espécies com estatuto de conservação desfavorável” deveriam estar sujeitas a parecer do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

Domingos Patacho considerou ainda que a proposta do plano de ordenamento pode colocar em pauta a manutenção do estatuto de área protegida, devido às propostas de novos parques eólicos e aos impactos cumulativos que terão juntamente com as centenas de pedreiras existentes do Parque Natural.

Fonte: Ecosfera

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