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Campanha SOS Cagarro salvou 3.744 destas aves marinhas em Portugal

16 de novembro de 2009
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“O balanço é positivo”, afirmou Frederico Cardigos, numa conferência de imprensa na Horta, em Portugal, destinada a apresentar os números da campanha SOS Cagarro, que começou em 1 de outubro.

No ano passado a campanha permitiu salvar mais de quatro mil cagarros, tendo o diretor regional do Ambiente salientado que o menor número registado este ano se deve ao fato de terem ocorrido menos nevoeiros do que em 2008.

A campanha envolveu um total de 1.126 pessoas, a maioria das quais voluntárias, e 110 entidades em todo o arquipélago.

O cagarro (Calonectris diomedea borealis) é a ave marinha mais abundante nos Açores, para onde regressa todos os anos em março a fim de acasalar e nidificar, formando colônias com centenas de indivíduos nas falésias costeiras e nos ilhéus.

No final de outubro, as aves jovens atingem a plumagem e o tamanho adulto, sendo nessa altura abandonados nos ninhos pelos progenitores, que partem para a migração anual para sul.

A fome leva-os a sair do ninho para procurar comida, mas, como se orientam pelas estrelas, a falta de prática faz com que muitas vezes sejam atraídos pelas luzes das povoações e dos automóveis, acabando muitos sendo mortos por colisão e atropelamento.

Segundo Frederico Cardigos, algumas das entidades que colaboraram este ano na campanha ‘SOS Cagarro’ fizeram um esforço para reduzir a iluminação exterior dos edifícios, o que também terá contribuído para o menor número de aves resgatadas.

A maior concentração mundial de cagarros ocorre nos Açores, mas a espécie encontra-se em regressão devido à sua vulnerabilidade a predadores terrestres e à atividade humana. Por essa razão, esta ave está protegida por legislação nacional e internacional, sendo proibido capturar, deter ou abater um cagarro, assim como destruir ou danificar o seu habitat.

O cagarro, que se alimenta de peixe, lulas e crustáceos, é uma ave marinha adaptada à vida em alto mar, podendo viver cerca de 40 anos.

Todos os anos, em março, depois de passarem alguns meses nos mares do sul, estas aves regressam aos Açores para se reproduzirem, utilizando o mesmo local onde estiveram no ano anterior.

Fonte: Destak

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