Organizações ambientais latino-americanas entregaram à Comissão Baleeira Internacional (CBI) uma solicitação na qual pedem que os governos da região realizem ações diplomáticas contra o abate de baleias para supostos fins científicos, realizado pelo Japão.

A manifestação acontece na iminência da partida da frota japonesa de caça aos cetáceos, que zarpa com destino à Antártida. 

O documento foi encaminhado por 40 organizações sociais do continente, dedicadas à preservação das baleias e do meio ambiente, e por entidades internacionais que trabalham na América Latina. 

A demanda também foi entregue ao Grupo de Buenos Aires – bloco pró-conservação, integrado por Argentina, Belize, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Uruguai e Colômbia (este último como observador). 

As organizações sustentam que “a continuidade das operações baleeiras sob permissões especiais constitui uma ferramenta de pressão inaceitável, que mina os esforços para alcançar um acordo exitoso que beneficie a conservação a longo prazo das populações de cetáceos e a governabilidade da CBI”. 

Por isso, solicitam aos países conservacionistas do Grupo de Buenos Aires que iniciem ações diplomáticas de forma a permitir salvar as baleias do hemisfério Sul. 

A diretora executiva do Centro de Conservação Cetácea do Chile, Elsa Cabrera, afirmou que o apoio ao documento “é uma retumbante mensagem a nossos governantes sobre a necessidade de rechaçar publicamente as operações da denominada caça científica de baleias, com o fim de avançar até o encerramento dessa atividade não regulada e feita sem nenhum tipo de controle”. 

Os países que assinaram a solicitação foram Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Fonte: ANSA