Por James Wilson
Tradução de Rosangela Barbieri (da Redação)
Caçar é uma tradição americana cujo tempo de acabar já chegou. Cerca de 13 milhões de pessoas caçam e, destas, menos de 2% o fazem porque precisam de alimento.
O restante caça simplesmente porque gosta de matar alguma coisa. Claro que você não vai encontrar muitos que confessem isso, para que se sintam obrigados a fornecer uma razão, que é geralmente, no caso dos veados, abater o rebanho para evitar a fome devido à superpopulação, mesmo que não existam dados para mostrar quantos veados podem ser sustentados em um ambiente humano, suburbano.
No entanto, a caça não consegue reduzir a população de veados porque os caçadores de troféus miram os chifres dos cervídeos para que possam montar suas cabeças. Isto significa que o cervídeo sobrevivente se encaixa com a corça sobrevivente e o resultado é geralmente o duplo.
Entretanto, se uma apreendida superpopulação de veados tiver sido a causa do problema, o contraceptivo selvagem PZP (Poreine Zona Pellucida) provou ser eficaz na prevenção da gravidez em corças.
E vale ressaltar que os caçadores também miram nos predadores de veados com o único propósito de taxidermia.
Uma outra “razão” para a caça é “alimentar os famintos”, ainda que exista um grande número de bancos de alimentos para as pessoas doarem alimentos enlatados.
A cada ano os caçadores matam mais de 200 milhões de animais selvagens de todas as espécies, além de animais agrícolas e domésticos, tudo em nome da “recreação”.
Eles defendem esta ação dizendo que os impostos que pagam vão para programas de conservação do habitat selvagem; no entanto, as ações das agências e vida selvagem são, não para proteger os animais, mas para propagar espécies para os caçadores atirarem.
Eles servem para conservar a caça, não a vida selvagem.
Temos que nos opor a esta tradição ultrapassada, não importa o quão profundamente enraizada esteja na noção de virilidade e rodeada por glória.
E espero, um dia, que cheguemos ao ponto em que a caça, o prazer de matar animais por esporte, será lembrada como uma aberração mental.
Fonte: Hattiesburg American