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População de jacaré-açu é monitorada em Goiás

4 de novembro de 2009
2 min. de leitura
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Imagem: Fiocruz
Imagem: Fiocruz

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes monitoram as populações de jacaré-açu, no rio Araguaia, norte de Goiás. O objetivo é conhecer melhor os hábitos de reprodução da espécie.

“Nós estamos fazendo o monitoramento reprodutivo do jacaré-açu aqui na APA, então agora a gente vai fazer uma busca por ninhos”, explica Tiago Andrade, biólogo da área de proteção ambiental Meandros do Araguaia.

Parte do caminho é percorrida de carro, mas para chegar até os ninhos é preciso caminhar por trilhas, algumas bem perto da água. Este é o local preferido dos jacarés.

O filhote chama pela mãe e a fêmea aparece. Ela vai se aproximando da equipe e, ao se sentir ameaçada, ela ataca. A luta para imobilizar o bicho dura mais de meia hora.

Assim que as medidas são tiradas, os pesquisadores soltam o jacaré. Depois de fazer a biometria na mãe, é a vez de o ninho passar por monitoramento. “A gente tem alguns parâmetros no ninho que a gente estuda, como o tamanho, do que o ninho é feito. Este aqui é feito de gravetos e folhas, mas tem outros feitos de outros materiais. Dados como a exposição ao sol a gente também verifica”, explica o biólogo.

Os pequenos lagos formados com a seca do Araguaia no período de reprodução são os preferidos do jacaré. Por dia são monitorados até quatro ninhos, mas a equipe também faz outros trabalhos com os répteis.

Na água é feita a contagem populacional e captura dos jacarés. A grande concentração dos bichos fica no lago Montaria, também formado pelo Araguaia.

Além do jacaré-açu, que corresponde a 70% da população, tem o tinga, que também vive nestas águas. Todos os anos, as duas espécies são monitoradas. Para que os dados sejam exatos é preciso capturar os animais, mas o trabalho é difícil.

Os jacarés são pesados, têm as medidas e o sexo registrados e depois são marcados. É por meio da marca que os pesquisadores têm controle da quantidade dos jacarés nesta região do Araguaia.

O monitoramente é feito no período da desova, que vai de setembro a novembro.

Fonte: Globo Rural

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