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Gatos abandonados nas ruas de Fortaleza (CE) sofrem de doenças e maus-tratos

1 de novembro de 2009
3 min. de leitura
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Parques, cemitérios e até o Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza (CE),  estão tendo problemas devido à grande quantidade de gatos abandonados que estão vivendo nesses locais.

Para diminuir essa população nas áreas públicas, a Secretaria Executiva Regional (SER) II está começando um trabalho de conscientização para que a população saia por aí simplesmente alimentando os bichanos. São necessários alguns cuidados.

O objetivo da Regional é evitar a propagação de doenças e maus-tratos aos gatos. Durante a campanha, os animais encontrados nas imediações dos locais públicos, como o Parque Ecológico do Cocó, serão vacinados e as pessoas que trabalham nas praças e cemitérios vão receber orientações para conscientizar os vizinhos e amigos a não abandonarem os gatos nas ruas.

Segundo a veterinária, Lúcia Caminha, além da tristeza do abandono, outro grande problema dessas grandes concentrações de gatos são também as doenças que eles desenvolvem. As mais comuns encontradas nos felinos que moram nas ruas são as verminoses, dermatites, o bicho geográfico (Larva migrans) e a sarna.

A veterinária fez um alerta às pessoas que costumam alimentar esses gatos diariamente. “A intenção delas é boa, mas na verdade acabam prejudicando os animais. As comidas acabam ficando o dia todo no sol ou recebem chuva, isso faz com que bactérias apareçam na comida e transmitam doenças aos gatos”, observa. Os restos de alimentos também podem trazer, para perto dos animais, os ratos, baratas e insetos, transmissores de doenças.

Lúcia Caminha também se posicionou sobre o descaso com esses animais. “A gente vê varias situações de abandono. Pessoas não querem mais os gatos e os jogam na rua. Outra situação de abandono ocorre quando a fêmea dá uma cria de grande quantidade de filhotes e os seus tutores simplesmente levam os filhos para praça e os deixam por lá, abandonados”.

Organizações não governamentais (ONGs) desenvolvem campanhas de doações de animais.

Lúcia lembra que existem instituições que cuidam de animais e podem recebê-los. Se o problema for os filhotes, ensina a veterinária, existem métodos anticoncepcionais que podem facilmente resolver o problema. “O certo é não abandonar os animais”, disse .

Em suas pesquisas Lúcia Caminha observou que existem alguns locais em Fortaleza que são pontos de descartes dos animais. “Os principais são os cemitério São João Batista e o do Mucuripe, o Parque do Cocó, o Bosque Eudoro Correia. Recebemos denúncias de que no Ginásio Paulo Sarasate também acontecem descartes”.

Parque do Cocó: moradores sensibilizados alimentam os animais (Foto: Reprodução/Diário do Nordeste)
Parque do Cocó: moradores sensibilizados alimentam os animais (Foto: Reprodução/Diário do Nordeste)

Ela chamou a atenção também para outro local onde existem gatos morando nos campi universitários.

Enquanto algumas pessoas reclamam da população de felinos abandonados nas ruas, o morador Renavan Vidal conta que sempre se exercita na praça do Cocó e considera que os felinos são bem-vindos. “Não sinto nenhum cheiro diferente, pois aqui é uma área aberta. Mas encontrar os gatos mortos enquanto ando pela praça é que é desagradável”.

Como Renavan, muitas pessoas se solidarizam à triste situação desses animais abandonados, que tanto sofrem todos os dias em sua luta diária pela sobrevivência.

Com informações do Diário do Nordeste

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