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Dois linces recusaram-se a viajar para o Algarve, em Portugal

1 de novembro de 2009
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Foto: Nuno Veiga/ Lusa
Foto: Nuno Veiga/ Lusa

Dois dos quatro linces que eram esperados na sexta-feira (30) no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro, na Herdade das Santinhas, no concelho de Silves, recusaram-se a entrar nas caixas que os transportariam até ao Algarve e permaneciam ontem no centro espanhol de La Olivilla, na Andaluzia. Os animais só devem partir quarta-feira.

Segundo informações de uma fonte do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade ao Correio da Manhã, os felinos – as fêmeas Espiga e Era – “não estavam com vontade de entrar nas caixas transportadoras, por isso não vieram, contrariamente ao que estava previsto”.

Atitude muito diferente tiveram o macho Daman e a fêmea Erica. Os dois felinos aceitaram de bom grado o transporte para o Algarve, onde desde segunda-feira se encontra a lince Azahar, a primeira a chegar a território nacional, proveniente do Zoo Botânico de Jerez de La Frontera.

“Tanto Daman como Erica chegaram bem ao Algarve e, uma vez no centro, não só mataram a sua primeira presa (um coelho), como a comeram, o que constitui um excelente sinal”, revelou a mesma fonte do ICNB. Azahar também continua adaptando-se bem a sua nova casa, caçando e comendo as presas.

Até 1 de dezembro deverão chegar ao Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro todos os 16 linces previstos no acordo entre o Governo Português e a Junta Autônoma da Andaluzia. O objetivo do projeto é a devolução ao meio natural daquele que é o felino mais ameaçado de todo o mundo.

MALCATA ESTÁ PREPARADA

A Reserva Natural da Serra da Malcata deverá chegar ao fim do ano com cerca de 500 hectares de terreno adaptados à população de coelho bravo para que cresçam e alimentem o lince ibérico. A serra da Malcata era um dos habitats do felino. Atualmente, pontos de água estão sendo cuidados e estruturas de abrigo e reprodução estão sendo instaladas para que nada falte aos coelhos bravos e às suas crias. A serra da Malcata tem seis mil hectares de área.

SEIS MILHÕES DE EUROS

O centro algarvio representa um investimento de seis milhões de euros e constitui uma medida de sobrecompensação ambiental para a construção da barragem de Odelouca pela Águas do Algarve.

EXPLORAÇÃO

Para a exploração do centro a “Águas do Algarve” contribuirá até ao ano de 2025 com 280 mil euros/ano. O centro tem uma área total de 156 hectares e uma equipe de cinco tratadores, dois veterinários, uma bióloga e um administrativo.

Fonte: Correio da Manhã

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