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Traficante de barbatanas de tubarão é condenado em Tribunal Federal

9 de outubro de 2009
3 min. de leitura
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Mark Leon Harrison, de Southport, Flórida, teve um dia ruim no mês passado, mas não ruim o suficiente considerando os milhões de tubarões mutilados. Ele foi, de acordo com o agente especial Hal Robbins, da NOAA, agência federal que administra as condições oceânicas e atmosféricas, um dos maiores compradores do tráfico de barbatanas de tubarão dos Estados Unidos. Hoje em dia, ele é um criminoso condenado e falido.

Mark foi condenado no Tribunal Federal em 19 de agosto de 2009, em consequência de sua confissão no dia 12 de junho por três infrações leves. A sentença proferida pelo juiz Vineyard não diferiu da proposta, de acordo com o governo, apesar dos esforços da Sea Shepherd pela obtenção de uma sentença com pena privativa de liberdade.

Harrison, dono e gerente da Harrison International, em Southport, Flórida, estava comprometido com o negócio de compra, aquisição, transporte, processo (incluindo a secagem), venda e exportação de barbatanas de tubarão. Mark Harrison e sua empresa confessaram a culpa de tentativa de exportação de barbatanas de tubarões protegidos pela Flórida e leis federais e por traficá-las, sem a devida notificação às autoridades.

Eles confessam também a culpa de uma terceira acusação: traficar barbatanas de tubarão que tenham sido preparadas e empacotadas sem as condições sanitárias requeridas. Harrison processava as barbatanas de tubarão deixando-as secar ao ar livre, suspensas em prateleiras ou no chão, em sua propriedade em Southport. Cachorros corriam livremente entre as barbatanas que secavam. Investigadores descobriram que essas barbatanas tinham, entre outras coisas, dejetos de pássaros e insetos mortos, além de larvas. A Sea Shepherd sabe que práticas como essa são comuns pelo mundo.

Harrison foi condenado a cinco anos de condicional, multa de US$ 5.000 e uma taxa especial de US$ 75. Ele terá que passar 120 dias em prisão domiciliar e pagar as custas de seu monitoramento. Ele está proibido de envolver-se de qualquer maneira com o comércio de barbatanas de tubarão, terá de cumprir 150 horas de serviço comunitário e retirar o anúncio de uma publicação de pesca de grande circulação sobre suas atividades criminosas.

A Harrison International, LLC, recebeu 5 anos de condicional, uma taxa especial de $ 125 e uma multa de $ 5.000. Seu advogado disse no tribunal que ele está em falência e que sua única fonte de renda provém de serviços de jardinagem que ele administra de sua casa. A LLC está falida, não possui recursos ou lucro. Mesmo assim, o juiz Vineyard impôs as multas e taxa a Harrison e à LLC, que devem ser pagas durante os cinco anos de condicional.

Tristemente pouco significativas, estas multas e os 120 dias de prisão domiciliar não são nada em comparação às penalidades que o governo poderia aplicar, mas já representam uma vitória em relação às sentenças aplicadas em casos de desrespeito à vida selvagem nos EUA. Enquanto essa realidade precisa ser modificada (as leis mais específicas, as penalidades mais severas e juízes e promotores bem-informados) a Sea Shepherd saúda o juiz, promotor e investigadores desse caso pelo resultado.

A Harrison International está falida e Mark Harrison está financeiramente arruinado. O ideal seria, ao menos, que a totalidade do comércio de barbatanas de tubarão fosse criminalizada pelo mundo e todos os envolvidos neste horripilante negócio levados à ruína financeira.

Contate os seus políticos eleitos e incentive-os a criminalizar o comércio de barbatanas de tubarão.

Fonte: Sea Shepherd

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