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Tartarugas marinhas correm risco de extinção

3 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Todas as cinco espécies de tartarugas marinhas que vivem ou se aproximam para desovar, se alimentar ou descansar no litoral brasileiro estão em risco de extinção. São elas a cabeçuda, de pente, a verde, a oliva e a de couro, também conhecida como gigante. Essas são encontradas em todos os oceanos do mundo. E existem mais duas espécies, a kempi, na região do Golfo do México, e a flatback, na Austrália.

Tartaruga preservada no Projeto Tamar (Foto: Reprodução/Nova Escola)
Tartaruga preservada no Projeto Tamar (Foto: Reprodução/Nova Escola)

A boa notícia é que a situação tem melhorado, segundo a bióloga do Projeto Tamar em Ubatuba, Suami Macedo. “Nesses quase 30 anos de trabalho do Tamar, começamos agora a comemorar alguns sinais de recuperação graças à conscientização principalmente dos pescadores”, explica. Com a atuação da ONG, houve um aumento gradual do número de filhotes liberados ao mar, totalizando, até 2007, mais de 8 milhões. Mais uma boa novidade: cerca de 70% dos ninhos permanecem in situ, ou seja, são mantidos nos locais originais de postura.

Uma das principais ameaças contra a vida das tartarugas marinhas são as redes de pesca, pois quando se enroscam nelas, não conseguem subir à superfície para respirar. Acabam morrendo sem ar. Outros grandes problemas que as tartarugas enfrentam no litoral brasileiro é a ingestão de lixo, que provoca doenças, o sufocamento por sacolas de plástico jogadas no mar e traumas provocados por embarcações de lazer, como iates e jet skis. Desde 2002, há em Ubatuba um Centro de Reabilitação de Tartarugas Marinhas para prestar atendimento a quase 100 tartarugas que vão parar na praia anualmente por algum desses motivos. “Por isso a principal orientação para quem frequenta praias, ainda que só nas férias, é cuidar muito bem de seu lixo e não deixar nada na areia. Fatalmente esses dejetos vão parar no mar”, diz a bióloga.

Uma curiosidade em relação às tartarugas marinhas é que sua origem foi na terra. Seu habitat virou marinho há 180 milhões de anos, e para isso elas sofreram adaptações como a diminuição no número de vértebras e ganharam uma carapaça resistente, porém mais leve que a das espécies de terra. Os dentes deixaram de existir e, em seu lugar, a tartaruga marinha ganhou um bico, e suas patas viraram nadadeiras. Elas vivem cerca de 100 anos e as fêmeas sempre botam ovos na praia onde nasceram, mesmo que para isso elas precisem se deslocar 2.000 km.

Fonte: Nova Escola

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