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Nova espécie de aranha é identificada na África e Madagascar

22 de outubro de 2009
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Foto: Reprodução/Ciência Hoje
Foto: Reprodução/Ciência Hoje

Uma nova e rara espécie de aranha gigante foi descoberta na África e em Madagascar, segundo revelou hoje a BBC online. Estes seres podem tecer teias de mais de um metro de diâmetro e só as fêmeas têm dimensões extraordinárias; em comparação, os machos são bem pequenos.

Pesquisadores publicaram, no jornal Plos One, um artigo que descreve a aranha Nephila komaci como a que faz as maiores teias até agora conhecidas que, curiosamente, muitas vezes apresentam uma cor dourada. São também chamadas de ‘aranhas de orbe’ devido às teias redondas tipicamente criadas por elas e onde giram em volta.

As poucas ainda existentes têm um corpo de 4 centímetros de comprimento e as patas podem chegar aos 12. A nova espécie foi identificada por Matjaz Kuntner, um biólogo da Academia das Ciências e das Artes, na Eslovénia, e pelo seu colega Jonathan Coddington, do Museu Nacional de História Natural, em Washington DC, EUA.

Contudo, Kuntner frisou que a Nephila é tão rara que é difícil conseguir-se estudá-la e que ele mesmo só conseguiu analisar a espécie por meio de uma já examinada em 2000.

Foto: Matjaz Kuntner
Foto: Matjaz Kuntner

A fêmea gigante pertence a uma coleção do Instituto de Investigação de proteção de Plantas, na África. Durante o seu estudo, o biólogo esloveno analisou mais de 2.500 amostras vindas de 37 museus e nenhuma se assemelhava; por isso, considerou que a espécie deva estar extinta.

Dimorfismo sexual

No entanto, um outro pesquisador encontrou mais três na África e ficou provado que são da mesma espécie. Os modelos estudados são de grande interesse para os cientistas, já que permitem também analisar a evolução do ser e o dimorfismo sexual extremo – a diferença de tamanho é bastante drástica entre fêmeas e machos, cinco vezes menores.

Os pesquisadores temem que este grupo esteja em vias de extinção e sugerem que “o gigantismo” possa decorrer da pressão sofrida pelas fêmeas, baseado-se na teoria de que, evolutivamente, aumentaram de tamanho em vez de produzir crias.

Kuntner decidiu atribuir à aranha Nephila komaci o nome do seu melhor amigo e pesquisador Andrej Komac, que faleceu recentemente num acidente.

Fonte: Ciência Hoje

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