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Desmembramentos, ou o Auschwitz dos Animais

15 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Com uma câmera escondida filmaram animais, cuja pele era retirada enquanto estavam ainda todos vivos. Dizem que é para permitir um corte limpo, depois as carcaças são jogadas em pilhas ainda vivos e por mais ou menos 10 minutos o coração bate e olhos piscam e as patas dos cães tremem. Leram o que está escrito? Cães!

Não bastasse o post anterior expor a matança absolutamente cruel e desnecessária de pequenas baleias e golfinhos na Dinamarca (ritual de passagem, my ass!), agora estamos lidando com cachorros mesmo. No vídeo vemos um que levantou a cabeça e fixou os olhos ensanguentados direto para câmera. Pessoalmente, isso me derruba. Pessoalmente, se eu pudesse, eu mataria, sem a menor compaixão, os (não) humanos que cometem esses crimes contra esses seres.

O vídeo que se segue é de uma violência dolorosa. Os seus silêncios atingem no fundo cada um de nós.

httpv://www.youtube.com/watch?v=O_8Ko-9uKRs

Ontem à noite, por acaso, vi um documentário sobre Marcel Duchamp. Aquele que mais amo, que mais admiro, que riu de tudo, que desmembrou tudo há exatos cem anos! Não houve mais “arte” depois dele, no entanto não entendemos mesmo a mensagem: e o que fazemos? Arte. Ou pensamos que fazemos. Duchamp, sua musa brasileira, a embaixatriz brasileira Maria Martins, em seu longo affair, seu Large Glass: uma declaração de amor ao celibato e à sacanagem, dependendo de qual parte do vidro se quer ver.

Por que eu trouxe Duchamp pra dentro disso? Porque ando numa fase sem muitas explicações. Assim como deveria ou poderia estar hoje escrevendo sobre Woodstock. Ainda escreverei o meu ÚNICO dia lá, debaixo de chuva. Quanto a essa matança de animais, voltamos atrás. Digo, voltamos a ser cruéis como éramos (na escala da evolução, estamos no ZERO). E quando penso que levei meu pai pra subir as pequenas e improvisadas escadas de madeira no lado de Berlin Ocidental, que olhavam pra Berlin Oriental, por cima do Muro (o que, indiretamente, acabou causando sua morte), não consigo viver bem dentro dessa minha pele.
Olhando direto para dentro da câmera… .

Fonte: Blog Gerald Thomas

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