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Andarilho e sua cadela enfrentam a vida juntos

8 de outubro de 2009
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Vivendo na rua há 20 anos, o andarilho Gilson Ronaldo Cabral dos Santos, 60 anos, divide o pouco que consegue na luta de todos os dias com a sua cachorra Speed, por quem tem um amor incondicional. Encontrados na noite de anteontem pelo diretor administrativo e de marketing do JC, Renato Zaiden, “seo” Gilson e Speed encantaram a todos com sua história de amor e união. Na manhã de ontem, os dois estiveram de volta ao JC, quando Gilson contou um pouco mais de sua história.

Quarto filho entre um total de seis irmãos, ele concluiu o ensino fundamental e, aos 20 anos, fez o mesmo que milhares de nordestinos: saiu de sua cidade natal, Maceió (AL), com os pais e os irmãos, com destino a São Paulo, onde eles esperavam encontrar emprego e uma vida digna que não tinham na Capital alagoana.

Mas o ano de 2009 foi de mudanças na vida dele. Apesar de não conseguir um barraco para morar, em janeiro comprou uma bicicleta enquanto estava em Porto Ferreira (a 198 Km de Bauru). Menos de um mês depois, era a vez da cachorrinha Speed entrar na vida do andarilho. “Achei ela em fevereiro, em uma praça em Ribeirão Preto. Ela tinha sido abandonada com outros três cachorrinhos, mas eu peguei só ela”, conta.

Desde então, os dois se tornaram companheiros inseparáveis. “Dedico meu amor a ela. Ela é a minha família, minha razão de viver”, afirma.

Centro das atenções na manhã de ontem no JC, a dócil Speed encantou a todos que passavam e paravam para brincar com ela. Carinhosa e muito ciumenta, não parava de latir quando seu dono não estava ao seu lado, mas aceitava com muito prazer o carinho de quem quer que fosse. Gilson explica que não procura um abrigo para moradores de rua porque eles não aceitam animais.

Questionado se já foi reconhecido depois de aparecer na capa da edição de ontem do JC, ele conta que enquanto arrumava suas coisas de manhã, uma mulher passou e reconheceu a dupla. “Ela parou, me mostrou a foto no jornal e me ajudou com um dinheiro”, conta.

Gilson conta que gostou de Bauru. “É uma cidade progressista e com um grande distrito industrial, a gente vê lá da estrada”, diz.

Fonte:  JCNet

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