EnglishEspañolPortuguês

Epilepsia afeta até 5% da população canina

31 de outubro de 2009
3 min. de leitura
A-
A+

Os animais também podem sofrer de epilepsia

Os pets também podem sofrer de epilepsia, uma condição que provoca perdas momentâneas do controle da coordenação e movimentos involuntários.

Segundo a diretora do Hospital Veterinário Pet Care, a médica veterinária Carla Alice Berl, a epilepsia é uma excessiva descarga de energia elétrica nas células do cérebro, pois elas funcionam com impulsos elétricos.

A epilepsia manifesta-se quando o animal tem entre seis meses e cinco anos de idade, variando de animal para animal em frequência e intensidade. É relativamente comum nos cães e muito menos frequente nos gatos, aparecendo de forma repentina.

Convulsão

São contrações musculares bruscas e involuntárias, que raramente duram mais que cinco minutos, mas às vezes o proprietário tem a impressão de que duram mais.

· Antes de ter o episódio convulsivo, durante aproximadamente 1 minuto o animal se mostra ansioso, carente, pode se esconder e suas pupilas ficam dilatadas.

· Durante a convulsão ele pode urinar ou defecar, perdendo ou não a consciência, salivar, ter movimentos de pedalar ou estender as patas, rotacionar os olhos.

· Após a convulsão pode haver um estado de confusão mental, respiração rápida e às vezes fraqueza.

Causa da convulsão: a exata causa não se sabe, mas em muitos casos esta condição é hereditária, aparecendo em quase todas as raças de cães. Trabalhos científicos indicam que de 0,5% a 5% da população canina apresenta sinais de epilepsia durante a vida. Além da epilepsia, outras doenças também podem dar convulsões.

Como agir se o animal estiver convulsionando

· Remova todos os objetos de perto do animal para que ele não se machuque.

· Mesmo que seja dócil, o animal pode morder involuntariamente durante as convulsões.

· Na medida do possível mantenha a calma, pois os animais se prejudicam com a agitação no ambiente.

· Depois de finalizada a convulsão, propicie um ambiente tranquilo para que ele se recupere.

· Uma vez que a medicação demora de 20 a 30 minutos para começar a agir, não há sucesso em tentar medicar o animal em casa durante a crise.

Riscos que o animal corre

· Ao contrário da espécie humana, os cães não correm risco de enrolarem a língua e morrerem asfixiados, pois sua anatomia muscular é diferente.

· Existe um estado clínico que se chama status epilepticus, caracterizado por várias convulsões sucessivas. É uma emergência médica e o animal deve ser levado imediatamente ao médico veterinário, pois pode ser fatal.

Tratamento

É importante ficar claro que o tratamento para a epilepsia não cura, mas controla o aparecimento das convulsões em frequência, intensidade e duração.

O fenobarbital (Gardenal®) controla convulsões em 80% dos cães epilépticos. São necessários de 8 a 18 dias de tratamento para que esta droga atinja uma concentração ideal no sangue, portanto seja paciente, tendo consciência de que no início as convulsões podem não cessar – é uma fase de adaptação. Ainda que pouco observados, há alguns efeitos colaterais do uso prolongado do fenobarbital, principalmente acometimento do fígado e aumento de peso. Não deixe de dar o fenobarbital repentinamente e certifique-se de estar fornecendo corretamente, pois o animal pode expelir discretamente o comprimido; do contrário podem-se acentuar as convulsões. Além de medicação, alguns proprietários optam por tratamento conjunto com vitaminas e acupuntura.

Como deve ser o acompanhamento veterinário

Periodicamente devem ser feitos testes para avaliar como está o fígado e se a quantidade do medicamento no sangue está adequada (dosagem sérica de fenobarbital).

Com o tempo pode ser necessário aumentar a dose da medicação, pois o organismo pode desenvolver certa tolerância; talvez seja necessário aumentar a dose ou trocar o medicamento, mas só o médico veterinário pode fazer isto.

Alguns anestésicos como acepromazina e quetamina não podem ser usados em animais predispostos a terem convulsões. Evite situações de estresse e fique atento se elas forem inevitáveis, como fogos de artifício e visitas em casa.

Você viu?

Ir para o topo