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Jane Goodall: uma vida dedicada a proteger os primatas e seus habitats

30 de outubro de 2009
3 min. de leitura
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Por Karina Ramos (da Redação)

A primatóloga britânica Jane Goodall passou quase 50 anos estudando os chimpanzés selvagens no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia. Suas descobertas contribuíram para muito do que hoje se sabe sobre o comportamento desses primatas. Ela também fundou o Instituto Jane Goodall para proteger os chimpanzés e seus habitats. A renomada cientista está fazendo uma grande diferença na vida dos animais e das pessoas.

Jane Goodall sempre soube que queria trabalhar com animais. Quando tinha 11 anos, disse aos amigos e à família que estava indo para a África, para viver com os animais e escrever livros sobre eles.

Jane Goodall, à esquerda (Foto: Reprodução/VOA News)
Jane Goodall, à esquerda (Foto: Reprodução/VOA News)

Enquanto todos ao redor riam da sua pretensão, sua mãe a apoiou.

“Ela diria: ‘Se você realmente quer alguma coisa, você trabalha muito, aproveita a oportunidade, nunca desiste. Você encontra uma maneira’.'”

Jane encontrou uma maneira. Em 1960, com 26 anos, ela chegou na África, onde começou o que se tornaria o estudo mais longo de chimpanzés selvagens da Reserva Gombe Stream Game, na Tanzânia.

Por 50 anos, sua pesquisa inovadora produziu uma grande parte do conhecimento que hoje se tem sobre o comportamento desses animais.

Uma das descobertas mais importantes de Jane foi de que os chimpanzés têm a habilidade de fazer e usar ferramentas.

“Acreditava-se que apenas os seres humanos tinham essa capacidade e isso nos colocava à parte do resto do reino animal”, ela disse.

O amor de Jane por esses primatas serviu como inspiração para fundar o Instituto Jane Goodall, que vem protegendo os chimpanzés e seus habitats desde 1977.

Mas, devido à crescente perda de habitat e à caça clandestina, as populações continuam a declinar.

Então, em 1994, o Instituto Jane Goodall criou o TACARE, um programa que ajuda as comunidades das aldeias locais a desenvolver alternativas econômicas à caça, por meio de empréstimos para negócios de pequeno porte e bolsas escolares para as meninas.

“Pelo fato de as comunidades entenderem que nos importamos com elas tanto quanto nos importamos com os chimpanzés, o esforço está dando resultado.”

Levando a conservação um passo à frente, Jane criou o”Roots & Shoots (Raízes & Brotos), um programa educacional que ajuda jovens pelo mundo a se tornarem ativos em suas comunidades.

“Basicamente, cada grupo escolhe três tipos de projeto para fazer do mundo um lugar melhor – um para ajudar as pessoas, outro para ajudar animais e outro para ajudar o ambiente que todos nós compartilhamos”, afirma Jane.

Aos 75 anos, os sonhos de infância de Jane se tornaram realidade. O seu trabalho pioneiro tem mudado o campo da primatologia, e seus programas de conservação e desenvolvimento têm mudado a vida de 600 mil pessoas ao redor do mundo.

Ela viaja mais de 300 dias por ano, divulgando sua mensagem de esperança e lembrando as pessoas que, independentemente da idade de alguém, e não importando o tamanho da contribuição, cada um de nós deve fazer a sua parte para fazer do mundo um lugar melhor para todos.

Fonte: Voa News

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