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Santuário no interior de SP cuida de animais que sofreram maus-tratos

25 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Animais que sofrem maus-tratos em circos espalhados pelo país encontram refúgio no Grupo de Apoio aos Grandes Primatas (GAP), santuário localizado em Sorocaba, a 99 km de São Paulo. O local, idealizado para acolher inicialmente apenas primatas, passou a receber este ano outras espécies que viviam em circos.

No refúgio de concreto, os animais podem viver em segurança. No local, estão protegidos – não de seus predadores naturais – mas do homem. Aos poucos, eles deixam os humanos se reaproximarem. O processo é lento, porque os traumas da vida que eles levavam nos picadeiros, em treinos forçados e sessões de tortura, é difícil de esquecer.

O amor do cubano Pedro Ynterian, presidente do GAP, acelera a recuperação dos animais. Há mais de uma década, ele dedica tempo, dinheiro e atenção aos macacos. E eles retribuem.

Um filhote nascido há quatro meses é a alegria do local. Serelepe, Sofia é tratada como uma princesa, e tem até babá exclusiva. Ela também já aprendeu a fazer manha.

Desde o início do ano, o santuário – que abriga 40 macacos – passou a receber também outras espécies, todas de animais que trabalhavam em circos e sofreram maus-tratos. Um urso veio da Bahia. Chegou desnutrido, com os dentes cerrados e uma corrente no pescoço.

Duas leoas e um leão de circo também são moradores recentes. Eles vieram do Espírito Santo. Viviam em uma jaula em condições precárias. Viajavam pelo país inteiro, e não saíam da jaula há pelo menos três anos.

“Estamos oferecendo comida abundante, para eles recuperarem o peso, que está abaixo do normal, e, a partir do momento que ela recuperar, a gente começa a fazer a dieta normal”, conta o biólogo Luiz Fernando Leal.

“Os animais estão aqui antes de nós, e eles têm direitos inalienáveis que não podem ser destruídos. A sociedade tem que entender que tem que mudar, e isso tem que acabar, a exploração dos animais”, explica Ynterian, que gasta R$ 50 mil por mês na manutenção do lugar. O trabalho é acompanhado pelo Ibama, e não é permitida a visitação.

Fonte: G1 – assista ao vídeo

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