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Lições da Argentina: temos muito o que aprender em relação a animais abandonados

25 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Siegmar Metzner
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Esta semana tive o prazer de participar do Seminário de Políticas Públicas de Controle Ético de Populações de Animais Urbanos com a  participação de Marisa Antoniazzi, do Centro Municipal de Sanidade Animal e Zoonoses do município de Almirante Brown, região metropolitana de Buenos Aires, Argentina.

Foi mostrado no seminário como eles resolveram seu problema da superpopulação de cães e gatos. Fiquei impressionado ao saber que a Argentina, nosso país vizinho, trata seus animais com mais dignidade que nós, “os brasileiros”, tratamos um ao outro.

Cães de aluguel é outro absurdo o qual os argentinos desconhecem.

Enquanto aqui se discute a implantação de chip em animais, coisa já testada sem resultado em outros países, além de, a longo prazo isso poder causar em câncer em nossos animais, fato omitido para nós, a solução encontrada na Argentina foi simples e eficaz, a castração em massa e a conscientização das pessoas.

Lá não existem abrigos repletos de animais como por aqui. E os poucos que existem não têm mais do que uma dúzia de animais.

A população aderiu em massa, por ser consciente, lógico que o governo local ajudou a custear o projeto, mas os cuidados pós-operatórios foram responsabilidade dos habitantes. Igualmente os animais abandonados que perambulavam pelas ruas eram capturados e castrados pelos próprios moradores, o que ajudou muito a diminuir o número de animais perdidos e abandonados.

Aqui, os animais que perambulam pelas nossas ruas são em geral estupidamente e de modo ignorante enxotados. Só em nossa cidade (Curitiba) temos três instituições superlotadas, uma dela com 2 mil animais abandonados.

A educação do povo argentino sem dúvida é digna de congratulações. Como disse Mahatma Gandhi: “A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pela forma como trata os seus animais”. Temos muito que aprender com os argentinos.

Mais uma vez podemos citar aqui a degradação de valores; o respeito aos animais está a cada dia mais e mais desaparecendo, bem como ensinar essa simples e elementar lição a nossas crianças.

Sugiro que na próxima vez que alguém resolver fazer uma piadinha sobre nossos vizinhos argentinos, se lembrem antes, que ao menos em matéria de respeito aos seus animais domésticos, eles ganham de dez a zero de nós.

E aqui vai um alerta, antes de implantar um chip em seu animal de
estimação, procure seu veterinário de confiança e converse com ele sobre o mal que isso pode causar. Caso ele lhe garanta que não fará mal algum, lembre que a parte financeira é interessante para ele, e procure outro veterinário.

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