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Elefantes na África podem ser extintos em quinze anos

18 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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(da Redação)

O elefante está sendo barbaramente exterminado por caçadores de marfim e vendo sua população – atualmente em 600 mil – diminuir em 38 mil indivíduos a cada ano.

Este número, calculado usando o levantamento anual de apreensões de presas ilegais, ultrapassa drasticamente a taxa de nascimento dos animais, o que significa que a espécie pode acabar extinta em 15 anos, afirma Samuel Wasser, do Scientific American Journal.

O comércio ilegal em torno da fauna silvestre movimenta em todo o mundo 10 bilhões de dólares (17 bilhões de reais), um número equivalente ao da época da rota dos diamantes de sangue, no auge das guerras civis africanas. Em 2006, onze toneladas de marfim foram apreendidas apenas de embarcações na fronteira entre Japão e Taiwan.

O Fundo Internacional para o Bem-estar Animal (IFAW) vê urgência em uma ação imediata. A organização está pressionado os membros da União Europeia e da Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITE) pelo fim do apoio ao comércio de marfim, além da retomada da proposta , apresentado pelo Quênia, de estender o período de suspensão de caça de nove a vinte anos, no próximo encontro da CITES em março de 2010.

“Este índice alarmante de caça ao elefante pode levá-lo à extinção em boa parte do continente africano em apenas quinze anos”, diz Robbie Marsland, diretor da IFAW no Reino Unido.

Ele acrescenta que “é um choque para muita gente saber que, vinte anos após  um banimento no comércio internacional de marfim, os elefantes africanos ainda estão ameaçados pela caça. O comércio deve ser abolido novamente, e de forma abrangente, se queremos prevenir a extinção”.

O Parque Nacional de Zakouma, no Chade, tinha 3.885 elefantes em 2005, mas seu número foi sendo reduzido até chegar a apenas 617 em 2009. Pelo menos onze patrulheiros foram mortos por caçadores no local neste período.

Os elefantes não são as únicas vítimas do comércio de partes de animais selvagens. Nos últimos anos, foram apreendidas 55 mil peles de répteis, 19 mil barbatanas de tubarões Alopias supercilious e 23 toneladas de pangolins em todo o mundo.

Fonte: Telegraph.co.uk

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