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Prefeitura limita o acesso de turistas aos arrecifes de Porto de Galinhas (PE)

16 de outubro de 2009
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A ameaça de destruição dos corais que formam piscinas naturais em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco, levou a prefeitura de Ipojuca a limitar o acesso de turistas aos arrecifes. O excesso de visitantes estava colocando em risco os corais, já que a estrutura destes é frágil e não suporta tanta gente.

Antes, 30% dos arrecifes estavam abertos à visitação. Com a limitação, a área foi reduzida a 7%. E todos os passeios agora terão acompanhamento de agentes ambientais. Boias também foram instaladas na região para demarcar as áreas de mergulhos e para embarcações.

A ideia não é probir o acesso dos turistas a um dos destinos mais procurados do litoral nordestino, mas garantir que os passeios sejam mais disciplinados.

“A visitação desordenada estava colocando em risco esse patrimônio da natureza. Já vínhamos trabalhando para evitar a destruição, agora vamos dar um reforço maior com mais agentes e monitores educando e orientando os turistas”, diz o vice-prefeito de Ipojuca, Fernando Eduardo Alves.

O alerta havia sido feito biólogos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Os arrecifes eram invadidos por uma multidão nos fins de semana. O passeio parecia inofensivo, mas o simples fato de caminhar sobre os corais já provoca a degradação do meio ambiente.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os corais não são plantas nem pedras. São animais que fazem parte da fauna marinha. São seres vivos frágeis que levam dezenas de anos para se desenvolver.

A professora Fernanda Duarte Amaral, do departamento de biologia da UFRPE, fez o alerta: se nada fosse feito com urgência, não apenas os corais, mas todo o ecossistema presente nas áreas de piscinas naturais de Porto de Galinhas corria o risco de sofrer prejuízos irreversíveis.

“Quando as pessoas pisam nos corais, muitas vezes elas estão pisando na boca do animal coral que forma a colônia”, explica a professora.

“São organismos vivos importantes para o homem, inclusive para o oxigênio que respiramos.”

Na avaliação dos turistas, se é para garantir a preservação desse ecossistema, as medidas limitando o acesso de pessoas são válidas.

“Os turistas vêm e não têm noção de que estão prejudicando o ecossistema”, diz Maurício Marcondes, turista.

“Se nada fosse feito agora, não conseguiríamos presevar mais esses corais”, diz o turista Carlos Alberto.

Fonte:  O Globo

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