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Gatos estão cada vez mais presentes como animais de estimação, em Brasília

14 de outubro de 2009
4 min. de leitura
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Gatos de raça, adotados ou vira-latas: cada dia mais os felinos estão presentes como bichinhos de estimação nas casas de Brasília. Para alguns, são como filhos e, para outros, eles são mais que apenas uma companhia que diverte e distrai os ambientes familiares. Hoje, os bichanos começam a conquistar mais espaço entre aqueles que antes tinham medo ou preconceito, por serem animais independentes e com temperamento imprevisível.

O que mais tem surpreendido os tutores é a amizade que os gatos, até então tidos pela maioria como traiçoeiros, podem oferecer. Com personalidade inquieta, veterinários e criadores dos bichinhos recomendam que seja sempre estimulada a brincadeira dentro de casa, dando tempo para que eles se adaptem com o tutor e o novo lar. Paciência é o primordial para se acostumar com o novo companheiro dentro de casa. Diferentemente dos cachorros, os gatos não são animais submissos e preservam muito sua liberdade e espaço, o que para quem nunca teve um antes pode ser uma surpresa.

Segundo a veterinária Vanessa Pimentel, se apaixonar pelo bichano é questão de tempo. Dona da clínica veterinária Só Gatos, ela diz que sua preferência pelos gatos já fica clara no nome do consultório, que tem atendimento exclusivo para eles. Com 28 anos, a veterinária contou que, desde que entrou na faculdade, já tinha certeza de que sua vontade era fazer um trabalho voltado para os felinos. E foi no ano passado que, ao lado de sua mãe, também veterinária, abriu a clínica. “Atuo sozinha como veterinária na clínica, mas para cada paciente eu tenho um cuidado especial e toda a atenção que eles merecem. Se eu não os amar como amo os meus, então nada disso tem sentido”, disse Vanessa.

Recepcionistas

Com seis gatos, a veterinária disse que quatro ficam em seu apartamento e dois ela levou para a clínica, onde transitam durante todo o dia. “Os dois que ficam na loja são como recepcionistas, são educados e tranquilos. A presença deles deixa os clientes e os outros gatos que chegam lá mais à vontade no ambiente”, explicou Vanessa. Para ela, os bichinhos são atentos e amorosos com os tutores, respeitam o lugar de cada um, ao mesmo tempo em que mantêm o seu próprio espaço. “Sou muito grata com o retorno que tenho com o tratamento dos gatos na clínica. Ver a felicidade dos tutores e dos filhotes é uma realização e satisfação muito grande”, completou.

Gatos tomam lugar de pequenos cães e mostram que podem ser tão companheiros ou mais (Foto: Bruna Neiva)
Gatos tomam lugar de pequenos cães e mostram que podem ser tão companheiros ou mais (Foto: Bruna Neiva)

Animais para adoção

Para aqueles que pretendem adotar um filhote, a veterinária conta que o período de socialização dos gatos é entre 2 e 12 semanas de idade. Ela recomenda que, neste período, ele seja exposto ao convívio com as pessoas, crianças e até outros gatinhos.

Sandra Regina Gonçalves é uma fã do animal. Ela cuida de nove gatos, dois quais quatro ficam na casa de sua mãe, em Goiânia, e cinco moram com ela em seu apartamento.  Quando me mudei para Brasília, há cinco anos, senti muita falta dos gatos e cachorros que tinha na minha casa, mas como criar um cachorro dentro do meu apartamento seria inviável, optei por adotar um gatinho”, contou Sandra. Segundo ela, tudo começou quando pegou na rua uma gata que estava grávida. Com nove filhotes, Sandra resolveu deixar em seu apartamento a mãe e um dos filhotes. A partir daí, passou a adotar vários e levar para dentro de casa os abandonados na rua. “Eu cuido deles, crio durante um tempo e deixo na minha casa até ficarem prontos para irem para outro lar. Criei um perfil no Orkut onde divulgo que cuido de gatos para adoção e os interessados preenchem um questionário para ver se estão adequados às exigências que eu acredito o candidato a tutor do bichinho deve ter”, explicou.

Sandra contou que, ao longo desses nove anos como criadora dos bichanos, nunca teve problemas com o temperamento deles. “Nunca fui atacada e nem levei uma unhada. Os gatos são animais fascinantes e dóceis, eles criam amizade com o tutor. As pessoas só precisam entender que eles não devem ser acuados, assim como qualquer outro animal. Eles só vão atacar para se defenderem, quando se sentirem ameaçados”, alertou a criadora. Sandra disse ainda que não se sente sozinha em casa e que seus filhotes são como crianças que não precisam de babás, nem de muitos cuidados.

Esporadicamente são organizadas feiras para quem tem interesse em levar um bichano para a casa. Para isso, basta se enquadrar nos critérios que garantam a segurança e o bem-estar do felino.

Fonte: Clica Brasília

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