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Animais escapam de rodeio e são mortos pela polícia, no ES

13 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Por Lobo Pasolini (da Redação)

O que teria sido uma fuga para a liberdade, resultou no assassinato de dois animais que tentavam escapar dos maus-tratos nas mãos da indústria de rodeios. Segundo A Gazeta do Espírito Santo, “uma vaca e um novilho escaparam do ‘3º Rodeio de Vila Velha (ES) na Grande Cobilândia’ e acabaram ferindo duas pessoas”.

“Os animais percorreram cerca de três quadras e depois foram sacrificados com tiros de fuzil da Polícia Militar. No caminho, a vaca atingiu a moradora Eliana Mendes da Silva, 34 anos, que sofreu uma forte pancada na cabeça. A mulher estava voltando do supermercado quando cruzou com o animal na Rua Jacopemba, em Cobilândia. Um motociclista foi esbarrado pelo novilho que fugia em desespero.”

Ninguém sofreu ferimentos graves, mas isso não impediu que a polícia militar matasse os animais. É de surpreender, então, que vivamos numa sociedade ultraviolenta? Com certeza a polícia poderia ter anestesiado os animais e evitado esse derramamento de sangue em via pública. Daí eles poderiam ter sido confiscados, postos para adoção, e os organizadores do rodeios autuados pelos vários crimes decorrentes desse incidente. Mas, assim como no caso da lontra morta por bombeiros no Paraná, as autoridades decidiram que a força e a brutalidade eram preferíveis a uma solução ética. É para isso que nossos impostos devem ser usados?

Alarmantemente, o artigo do jornal não investiga o principal: o motivo pelo qual esses animais fugiram, as condições em que eles se encontravam no local do rodeio. O que acontece com esses indivíduos que organizam tais espetáculos de barbarismo que, além de torturar animais, representam um risco à população? Esperamos que esse incidente pelo menos faça a Polícia Militar do Espírito Santo perceber a tragédia que é a presença de rodeios em sua jurisdição e em qualquer outro lugar.

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