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Relembre a história da cadela Jasmine

12 de outubro de 2009
3 min. de leitura
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Régis Camargo
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Em 2003, a polícia de Warwckshire, Inglaterra, abriu o galpão de um jardim e encontrou ali uma cachorra chorosa e encolhida. Ela havia sido trancada e abandonada no galpão. Estava suja, desnutrida e claramente maltratada. Num ato de bondade, a polícia levou a cadela para um abrigo próximo, o Nuneaton Warwickshire Wildlife Sanctuary, dirigido por um homem chamado Geoff Grewcock. O lugar é conhecido como um paraíso para animais abandonados, órfãos ou com outra qualquer necessidade.

Foto: S/C
Foto: S/C

Geoff e a equipe do Santuário trabalharam com dois objetivos: restaurar a completa saúde do animal e ganhar sua confiança. Várias semanas depois, finalmente, os dois objetivos foram alcançados. Deram a ela o nome de Jasmine e começaram a busca por um lar adotivo.

Mas Jasmine tinha outras ideias. Ninguém se lembra como começou, mas ela passou a dar as boas vindas a todos os animais que chegavam ao Santuário. Não importava se era um cachorrinho, um filhote de raposa, um coelho ou qualquer outro animal perdido ou ferido. Jasmine se esgueirava para dentro da caixa ou gaiola e os recebia com uma lambida de boas-vindas.

Foto: S/C
Foto: S/C

Geoff conta um dos primeiros incidentes: “Nós tinhamos dois cachorrinhos que foram abandonados numa linha de trem próxima. Um era um mestiço de Lakeland Terrier e o outro um mestiço de Jack Russel Doberman. Eles eram bem pequenos quando chegaram ao centro e Jasmine aproximou-se, abocanhou um deles pelo cangote e o colocou em uma almofada. Aí ela trouxe o outro e aconchegou-se a eles, acarinhando- os”.

“Mas ela é assim com todos os nossos animais, até com os coelhos. Ela os acalma, desestressa e isto os ajuda não só a ficarem mais próximos a ela, mas também a se adaptarem ao novo ambiente. Ela fez o mesmo com filhotes de raposa e de texugos:  lambe os coelhos e os porcos da Guiné e ainda deixa os pássaros empoleirarem-se em seu nariz”.

Foto: S/C
Foto: S/C

Jasmine, a tímida, maltratada, pária abandonada, tornou-se a mãe substituta dos animais do Santuário, papel para o qual ela nasceu. A lista de jovens animais dos quais ela cuidou inclui cinco filhotes de raposa, quatro filhotes de texugo, quinze galinhas, oito porcos da Guiné, dois cachorrinhos, quinze coelhos e um cervo montês. Este último, o pequeno Bramble, com 11 semanas de idade, foi encontrado semiconsciente em um campo. Na chegada ao Santuário, Jasmine aconchegou-se a ele para mantê-lo aquecido e assumiu inteiramente o papel de mãe substituta. Jasmine cumula Bramble de afeição e não deixa que nada lhe falte.

“Eles são inseparáveis”, diz Geoff. “Bramble anda entre suas pernas e eles ficam se beijando. Eles passeiam juntos pelo Santuário. É um prazer vê-los”. Jasmine continuará cuidando de Bramble até que ele possa voltar a viver na floresta. Quando isto acontecer, Jasmine não estará sozinha. Ela estará muito ocupada distribuindo amor e carinho ao próximo orfão ou à próxima vítima de abusos e maus-tratos.

Um verdadeiro exemplo de amor incondicional. Você conhece muitos seres capazes disso? Jasmine está aí para ensinar.

Foto: S/C
Foto: S/C

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