EnglishEspañolPortuguês

Ativistas libertam milhares de visons e são julgados nos EUA

12 de outubro de 2009
3 min. de leitura
A-
A+

Por Vitor Marinho (da Redação)

Um júri federal indiciou um ativista dos direitos dos animais que se recusou a testemunhar sobre a libertação de milhares de visons de fazendas em Utah (EUA). (visons são mamíferos que se assemelham às doninhas, e que são cruelmente mantidos em cativeiro para alimentar o mercado de peles e o mundo da moda.)

Jordan Halliday, 22, cumpriu vários meses de prisão por desacato ao tribunal, depois que ele invocou o direito à Quinta Emenda (Fifth Amendment) contra a autoincriminação. Quando Halliday saiu da prisão, em junho, recebeu uma acusação formal do júri federal por desacato. Perguntado se estaria disposto a ir para a cadeia novamente, Halliday respondeu: “Se não houver opção, acho que sim. Quero dizer, você tem que fazer o que você tem que fazer. Se eu tiver que ir, eu vou para a cadeia, mas não é uma prioridade”.

Jordan Halliday (Imagem: Reprodução/)
Jordan Halliday (Imagem: Reprodução/Fox 13)

O processo acusa Halliday de, voluntária e conscientemente, desobedecer a uma ordem da juíza distrital Tena Campbell em duas ocasiões, em março. Ele acredita que tem o direito constitucional de se recusar a depor. “Defendi meu direito à Quinta Emenda e eles disseram que não é um privilégio por boa-fé (bona fide privilege)”, disse ele, acrescentando que não concorda com os procuradores federais.

A Frente de Libertação Animal (Animal Liberation Front, ALF) reivindicou a responsabilidade pela libertação dos animais das fazendas em South Jordan, Hyrum e Kaysville (EUA). Halliday e outro ativista foram intimados, presumivelmente como parte de uma abrangente investigação sobre a ALF e suas atividades. O FBI considera a ALF uma organização “terrorista doméstica”.

O júri indiciou duas pessoas, William James “BJ” Viehl e Alex Hall, sob a acusação de violar a “Animal Enterprise Terrorism Act”. Viehl recentemente se declarou culpado.

Em comunicado divulgado em um site que apoia a defesa dos ativistas, Viehl explicou por que assumiu a culpa. “Depois de jogar todas as cartas e de tomar consciência das circunstâncias fora do meu controle, eu percebi que o melhor plano de ação seria mudar meu pleito para culpado. Se esse caso fosse em outro estado ou distrito, as chances no julgamento seriam muito mais favoráveis. Infelizmente, este não é o caso”, escreveu. Viehl disse que Utah é um “estado muito conservador e religioso”, e, em casos como o dele, a percepção é que a pessoa é “culpada até que se prove inocente”. Ele disse estar disposto a cumprir qualquer sentença que o tribunal decidir. “Junto a isso e aceitando a responsabilidade, eu não estou de nenhum modo colaborando ou testemunhando contra qualquer outro ativista. Sou estritamente eu, por mim, admitindo a culpa”.

A procuradoria pública de Utah recusou-se a comentar o indiciamento de Halliday, que vai a julgamento em 2 de novembro. “Eles não me ofereceram um pleito e não vou aceitar qualquer pleito, se ele me condenar por crime, porque eu não fiz nada errado”, disse Halliday. “Eu sinto que não fiz nada errado”.

Fonte: fox13now.com

Você viu?

Ir para o topo