Foi deflagrada hoje (7) pela manhã uma operação conjunta entre governo estadual e federal para coibir o tráfico de animais silvestres no Mato Grosso do Sul. As equipes estão nas principais rodovias estaduais e federais nos municípios de Naviraí, Mundo Novo, Ivinhema, Bataguassu, Nova Andradina e Três Lagoas.
Participam da ação equipes do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Polícia Militar Ambiental (PMA), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
A fiscalização visa, principalmente, a coibir o tráfico de animais silvestres e conscientizar a população de que a comercialização desses animais é crime. Nesta época acontece a reprodução de muitas espécies de animais, entre elas papagaios, que são alvo dos traficantes.
Todo ano no Brasil milhares de animais são retirados da natureza para alimentar o tráfico de animais silvestres. A maioria destes animais é proveniente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo escoada para as regiões Sul e Sudeste, pelas rodovias federais.
O Estado de Mato Grosso do Sul, por ser formado por vários biomas diferentes (Pantanal, Cerrado, Matas secas e semideciduais) possui também alta diversidade biológica e principalmente, alta densidade faunística. Além disto, faz fronteira com outros países e com cinco estados brasileiros, tornando-se um estado preferencial para o tráfico, sendo inclusive rota para o comércio internacional de animais silvestres.
Milhares de filhotes de papagaios, araras e periquitos são apanhados da natureza para fomentar este comércio que é a terceira maior atividade ilícita do mundo. Dentre as espécies mais visadas pelo tráfico, o papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) é o alvo principal.
O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (Pevri) consiste em uma Unidade de Conservação fundamental para o resguardo da biodiversidade da região. A paisagem caracteriza-se por uma extensa planície fluvial, localmente denominada Varjão, representada pela planície de inundação do Rio Paraná e de seu principal tributário, o Rio Ivinhema, com suas lagoas e canais marginais. Ivinhema e região é a área mais afetada devido à captura destes animais.
Fonte: MS Notícias