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Em 2010 deverá ser divulgada a lista de animais ameaçados de extinção em SC

5 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Até agosto de 2010, deve ser finalizado o estudo que relaciona os animais ameaçados de extinção em Santa Catarina. A previsão é da coordenadora técnica da organização não governamental Ignis, com sede em Itajaí, no litoral norte, Ana Maria Torres Rodrigues, responsável pelo levantamento inédito.

Apenas o Estado ainda não dispõe da lista das espécies da fauna que podem desaparecer nos próximos anos entre os das regiões Sul e Sudeste.

Pesquisadores de todo o país participam da força-tarefa. Os trabalhos tiveram início em 2007, de forma voluntária, com a criação da ONG por profissionais de meio ambiente. O objetivo era desenvolver estudos para auxiliar na recuperação e preservação ambiental.

“Todos tínhamos ciência da importância deste estudo e acreditamos que a criação da ONG seria a forma mais fácil e menos burocrática de viabilizá-lo”, ressalta Ana Maria, integrante do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul) do Instituto Chico Mendes.

Em 2008, a organização apresentou o projeto à Fundação do Meio Ambiente (Fatma), que destinou R$ 380 mil para custear o estudo.

Desde o ano passado, pesquisadores de universidades catarinenses e de outros estados reúnem os levantamentos num banco de dados. O trabalho envolve pelo menos 100 especialistas de todas as regiões do país.

Os pesquisadores foram divididos em grupos de estudo, por grupos da fauna. Frequentemente são realizados encontros pelo Estado para analisar os dados já coletados e debater o desenvolvimento da pesquisa, que segue a padronização internacional da área.

A ONG também promove palestras sobre educação ambiental nas comunidades onde os membros do projeto atuam.

“A partir do conhecimento, vamos conseguir conscientizar a população e desenvolver novas políticas de preservação da nossa biodiversidade”, ressalta.

Segundo a coordenadora técnica, a partir de fevereiro do próximo ano, a pesquisa entra em sua fase final — quando será possível contabilizar o número de espécies ameaçadas.

Projeto de Lei

De acordo com Hélio Bustamante, chefe do Núcleo de Fauna do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, a pesquisa deverá servir para a criação de um projeto de lei estadual, aumentando as penalidades para os crimes envolvendo os animais ameaçados.

“A multa por se matar um animal silvestre protegido por lei é de R$ 500,00 atualmente. Mas se (o animal) é relacionado entre os ameaçados, o valor passa para R$ 5 mil”, explica Bustamante.

Ele ressalta que a legislação considera crime relacionado à fauna matar, recolher ou perseguir animais silvestres, além de expô-los a maus-tratos. O dirigiente garante que, além de traçar um panorama da fauna catarinense, o estudo vai permitir a conscientização da sociedade.

“Pouca gente sabe, por exemplo, que em ilhas do litoral catarinense existe uma espécie única de preá, que pode ser hoje o mamífero mais ameaçado do Estado. Só existe aqui”, finaliza.

Fonte: Diário Catarinense

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