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Cágados são vítimas de violência em Porto Alegre, RS

5 de outubro de 2009
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Pelo menos três cágados morreram, um se encontra em estado grave no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outros 10 sofreram ferimentos no Parcão e na Redenção, em Porto Alegre, desde a última semana de setembro. Os animais passam por um período de reprodução até dezembro, e todo ano, neste período, são sistematicamente caçados por pessoas que não conhecem as características do animal.

“Tem gente que acredita que eles têm veneno. Muitas pessoas não sabem que o cágado é inofensivo, não tem veneno e não vai sair correndo atrás de ninguém. Quando ameaçado, tudo o que ele faz é se encolher dentro do casco”, afirmou o coordenador do Projeto Chelonia-RS, do Departamento de Zoologia da UFRGS, Clóvis Souza Bujes.

A crueldade dos ataques contra os quelônios surpreende os pesquisadores. Um cágado foi visto sem mandíbula no lago da Redenção. O que está gravemente ferido no Hospital Veterinário teve o casco quebrado e sofreu infecção. A única arma contra essa violência é a informação, conforme Bujes: “Temos que priorizar a instrução. Conseguimos o apoio de uma empresa para fazer painéis para sensibilizar as pessoas que agridem”.

Em janeiro deste ano, os cágados do Parcão foram notícia em ZH, após o fotógrafo Ronaldo Bernardi ter flagrado uma espécie de cágado caçando uma pomba na beira do lago do Parcão, devido à escassez de alimento. Com agilidade surpreendente, as imagens mostram o réptil capturando sua presa e, em seguida, arrastando a ave para o fundo do lago, onde é devorada por diversos cágados. Segundo Bujes, o comportamento do animal é considerado normal, dado o ambiente em que se encontra.

Fonte: Zero Hora

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