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Número de animais vítimas de abandono continua aumentando em Portugal

4 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Todos os dias chegam notícias de mais animais abandonados à associação Animal e à Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Todos os dias lá dão entrada mais pedidos de ajuda para despesas de saúde e alimentação de animais domésticos. A crise econômica contribuiu para piorar a situação, reconhece Catarina Gouveia, dirigente da Liga, no dia em que se comemora mais um Dia Mundial do Animal.

Esta preocupação é partilhada por Rita Silva, presidente da direção da Animal, que confirma que  o número de animais abandonados ou que já nasceram nas ruas tem aumentado muito. Segundo Rita Silva, isso nota-se “até com o aumento do número de associações de proteção dos animais”. “Num momento em que é anunciada uma grave crise financeira e se pede contenção de gastos, o elo mais fraco são os animais”, lamenta.

Catarina Gouveia reconhece que, em Portugal, tem sido feito “um caminho” de progresso na defesa dos direitos dos animais. Mas há ainda “muita coisa por fazer”, nomeadamente no que diz respeito à legislação. A que existe é apontada como “fraca, omissa e, em alguns casos, inadequada” por Rita Silva, e muitas vezes não é sequer cumprida. Por exemplo, “é muito frequente as autoridades responderem mal e demoradamente a queixas e denúncias de crueldade, abandono e negligência”, acrescenta.

Decisão para a vida

A “falta de educação da comunidade quanto ao que significa adotar um animal e de como essa deve ser uma decisão para toda a vida” é um dos motivos que, para esta dirigente da Animal, explica o aumento do abandono de cães e gatos. As suas críticas vão ainda para o fato de não existirem benefícios fiscais para as famílias que têm animais a viver consigo no que respeita aos cuidados de saúde e à sua alimentação, o que considera “vergonhoso”.

Rita Silva nota também que “cada vez mais os outros Estados-membros da UE estão legislando no sentido de conferir um maior e melhor grau de proteção aos animais”, nomeadamente no que se refere à proibição de uso de animais em circos e à criminalização dos maus tratos a animais. Portugal ainda tem esse caminho a fazer.

Fonte:  Público PT

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