Problemas no organismo de uma jovem tartaruga-marinha fizeram com que o animal desistisse de seguir seu trajeto em alto mar e buscasse um conforto nas areias da região de Imbé, litoral norte do RS. No último domingo (27), ela foi resgatada por uma técnica do Ceclimar e ontem, transferida para o Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A aparição da tartaruga, da espécie Caretta-caretta, é comum nas águas gaúchas. O biólogo do Ceclimar e membro da Ong Gemar, Maurício Tavares, explica que elas não costumam desovar no Estado, mas passam por aqui para se alimentarem:
“É comum encontrarmos tartarugas-marinhas aqui no litoral, mas a maioria segue. Algumas morrem em acidentes com redes de pesca. Só ocorre de nadarem até a beira da praia quando comem algum dejeto no mar e passam mal ou têm algum outro problema de saúde durante o percurso”.
Conhecida como Cabeçuda, os 20 quilos e os 67 centímetros de comprimento da carapaça indicam que o animal ainda não atingiu a idade adulta. Exames de sangue e uma radiografia indicaram a necessidade de um procedimento cirúrgico ainda hoje.
De acordo com a veterinária Michele Ataide, da clínica veterinária da UFRGS, o procedimento consistirá em uma tentativa de reduzir o problema que a tarturuga apresenta na cloaca. Ela conta que está habituada a lidar com esta espécie:
“Neste inverno mesmo reabilitamos uma tartaruga igual a essa e soltamos em alto mar. Assim que esta estiver em condições será solta também”.
A veterinária não soube precisar o trajeto que o animal percorria quando chegou até a orla.
Fonte: Zero Hora