EnglishEspañolPortuguês

Cães continuam sendo perseguidos e massacrados na China

22 de setembro de 2009
2 min. de leitura
A-
A+

Tradução por Joana Bronze (da Redação)

Relatórios da China indicam que outra “reforma” canina começou em Qinhuangdao, Hebei, perto de Pequim, desde o dia 9 deste mês. Cães que não são registrados e vacinados poderão ser abatidos, segundo as informações recebidas.

Moradores com cães de grande porte, ou aqueles que são considerados “raças perigosas”, foram incentivados e obrigados a matar seus cães no dia 10 de setembro. Se estes animais não fossem mortos, a polícia entraria com esquadrões, verificando o destrito e matando todos os cães da região com tais características. Os tutores, então, seriam multados.

Imagem: Reprodução/IFAW
Imagem: Reprodução/IFAW

Embora as autoridades justificassem a ação com o que chamavam de recentes “incidentes de ataque agressivo” dos cães na área, o Diretor Regional da Ásia do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal do IFAW, Grace Gabriel, rebate: “É óbvio que Qinhuangdao esperou para ‘limpar’ as ruas pensando em fazer um bom show para Dia Nacional da China (1 de outubro). Mas, pela crueldade aos animais, a cidade está fazendo exatamente o oposto. O assassinato em massa de cães gera indignação de pessoas em todo o mundo, prejudicando a imagem da China como uma sociedade harmoniosa”.

Atualmente, a China não tem qualquer tipo de lei de proteção aos animais no local, o que significa que não há nenhum recurso legal contra o tratamento cruel e morte de animais.

“A matança de cães é uma violação dos direitos fundamentais de um cidadão”, diz Gabriel. “E a China não possui ainda nenhuma lei para evitar a crueldade contra os animais”.

Sem programas de prevenção à raiva, controles da população canina, ou de educação sobre a guarda responsável de animais de estimação, o governo da cidade muitas vezes recorre ao abate em massa de cães como meio de “controlar a população” e prevenir surtos de raiva. Em maio, o abate em Hanzhong, na província de Shaanxi, foi responsável pela morte de mais de 40.000 cães. “Este brutal assassinato de cães destaca a necessidade de uma legislação que garanta a integridade física de todos os animais”, continua Gabriel.

Enquanto isso, o governo central está trabalhando com a IFAW e com outros grupos na China em projetos de criação de uma legislação nacional de bem-estar animal, que Gabriel diz ser a única forma de assegurar o tratamento humanitário aos animais. “Qinhuangdao deve parar o abate em massa de cães e de atacar as reais causas da superpopulação e da transmissão da raiva. Acima de tudo, isso inclui a necessidade de vacinação e esterilização dos animais”.

“Estamos naturalmente satisfeitos que o projeto da primeira legislação da China sobre o bem-estar animal esteja quase completo, mas será tarde demais para as dezenas de milhares de cães em Qinhuangdao”, conclui Gabriel.

Com informações de IFAW

Você viu?

Ir para o topo