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Itália pretende criar lei mais completa para garantir a proteção animal

26 de setembro de 2009
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A subsecretária de Saúde italiana, Francesca Martini, revelou planos para uma arrebatadora nova lei de proteção animal.

Esta semana, na apresentação de um relatório que analisa as condições dos animais na Itália, Martini disse que a nova lei iria incorporar uma série de medidas temporárias e convertê-las em legislação permanente. “Eu quero que essa lei transforme a Itália no país mais avançado da Europa em proteção animal,” afirmou ela. “Com quase sete milhões de tutores de cães, é necessária uma regulamentação adequada”. Em primeiro lugar, a lei tornaria obrigatório que todos os cães recebessem um microchip, permitindo que sejam rastreados por meio de uma central de registro. Outro elemento-chave na legislação seria elevar os padrões mínimos em abrigos de animais. “Isso é para evitar a recorrência de episódios em que abrigos para cães assemelham-se a campos de concentração, em vez de refúgios”, explicou a subsecretária. O projeto também propõe a proibição do uso de alimentos envenenados para captura de animais de rua, obriga os tutores a limpar os dejetos de seus cães e acaba com uma “lista negra” de supostas raças perigosas, que, segundo Martini, não tem base científica.

Imagem: Reprodução/ANSA
Imagem: Reprodução/ANSA

Assim como a nova lei, que deve obter aprovação parlamentar definitiva no início de 2010, Martini também revelou planos para uma iniciativa, ainda a ser apresentada, para educar os jovens sobre animais. “Será um projeto que abrange da educação infantil ao ensino médio e terá como objetivo assegurar uma interação saudável entre pessoas humanas e animais”, disse. A iniciativa, cujos detalhes serão publicados no próximo mês, contará com a participação de veterinários, nutricionistas, professores e da Associação Italiana de Pais. “Eu estou realmente feliz com esse impulso ético e cultural para ajudar as crianças nas suas relações com os animais, reconhecendo a sua diversidade e aprendendo como se tornar mais sensível às suas necessidades desde muito jovem”, acrescentou.

Segundo o relatório, elaborado com dados de diversas fontes, existem cerca de 44 milhões de animais de estimação que vivem na Itália. Destes, cerca de 7 milhões são cães, 7,5 milhões são gatos, 12 milhões são aves, 15 milhões são peixes e 500.000 são roedores, com cerca de 1,5 milhão de animais classificados como “outros”. Apesar da popularidade dos animais de estimação, cerca de 150.000 animais são abandonados todos os anos por seus tutores e há, anualmente, pelo menos 73.000 casos relatados de maus-tratos ou abuso. O relatório também descobriu que cerca de 100.000 cães e 50.000 gatos de rua precisam ser resgatados e esterilizados por autoridades locais a cada ano.

Fonte: ANSA.it

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