A catalogação de espécies animais, entre mamíferos, anfíbios, répteis e aves, das áreas de conservação de Angola, dependerá da administração do Estado nessas áreas, cujo processo é levado a cabo pelo Ministério do Ambiente.
O chefe de departamento para áreas de conservação do Ministério do Ambiente, Joaquim Manuel, disse hoje, à Angop, que em Angola desde os anos 80 que não se elabora um inventário de espécies animais. e vegetais da áreas de conservação.
Esse inventário, segundo o responsável, será elaborado e coordenado pelos administradores das respectivas áreas de conservação de Angola, com o apoio do seu quadro efetivo, tão logo forem restauradas as respectivas infra-estruturas.
O projeto de recuperação das áreas de conservação de Angola decorre desde 2005 e prevê culminar em 2012, com a reposição das suas infra-estruturas administrativas, nomeação do seu quadro pessoal, desde administradores, chefe de fiscais, e tantos outros necessários, que vão trabalhar para o funcionamento pleno dessas zonas.
No quadro da variedade de zonas fisio-climáticas que dispõem Angola, a última inventariação apontava um registo aproximado da existência de 275 espécies de mamíferos, 900 de aves, 78 de anfíbios, e 227 de répteis, antes controlados em várias áreas de conservação nacional.
Essas espécies acredita-se que tenham reduzido, tendo em conta os conflitos armados que assolaram esse território, que fez com que fossem abandonados os parques e reservas nacionais pelas antigas administrações, assim como pelo fato de se continuar a praticar a caça furtiva.
Joaquim Manuel admitiu que a fauna tem sofrido uma pressão considerável em relação a flora angolana, que se traduz no abate de animais, cuja caça e comercialização são proibidos, e na destruição do seu habitat causada pela ação humana.
O Ministério do Ambiente, segundo a fonte, com o apoio dos seus parceiros e das agências do sistemas das Nações Unidas, continua a envidar esforços para a protecção da biodiversidade de Angola, uma ação que caminha de forma paulatina e paliativa, por insuficiência de recursos financeiros.
Angola possui 13 áreas de conservação, cobrindo uma extensão de 82 mil e 272 kilómetros quadrados, que corresponde a 6.6 porcento, dos 15 previsto em todo o território de Angola.
Conforme a legislação angolana em vigor, essa extensão existe quatro tipos de áreas de conservação, entre parques nacionais, reservas naturais integrais, parciais e especiais.
Os parques nacional, num total de seis, que correspondem quatro porcento, apresentam uma grande variedade de ecossistemas peculiares e unidos que começam com o deserto da província do Namíbe e terminam nas florestas abertas com e sem arbustos.
Fonte: Angola Press