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Camelos retirados de seu habitat são confinados e explorados por fazendeiro holandês

17 de setembro de 2009
2 min. de leitura
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Por Fernanda Franco      (da Redação)

Não satisfeito em explorar as vacas, submetendo-as a processos extremamente dolorosos para a produção de leite, o ser humano agora inventou de se apropriar das vidas dos camelos.

O fazendeiro holandês Frank Smits vende o leite produzido por seus camelos a cerca de US$ 15 por um quarto de litro em algumas mercearias islâmicas e lojas de alimentos “saudáveis” em toda a Holanda, com o restante exportado para comunidades imigrantes na Bélgica, Alemanha e Inglaterra.  

Smits, 26, como todas as indústrias que lucram às custas da exploração de animais, enxergou os camelos como produtos para um mercado inexplorado: o leite de camelo. Ele diz falaciosamente não estar nisto pelo dinheiro e revela o seu grau de consciência em relação aos animais, dizendo que “trabalhar como caixa em um supermercado pagaria melhor”.

Os camelos que Smits mantém confinados para sua rentável produção foram retirados de seu habitat, nas Ilhas Canárias, que ficam ao longo da costa da África e pertencem à Espanha, membro da união. Smits transportou três fêmeas grávidas e logo começou a explorá-las em uma pequena propriedade perto de sua casa em Den Bosch. A produção diária com o equipamento a que são submetidas e métodos “mais modernos” seria em torno de 19 litros.

Lamentavelmente, um relatório de 2006 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação teria promovido o leite de camelo como uma fonte de renda, especialmente para fazendeiros nômades que têm ordenhado camelos há milênios. O relatório disse que o mercado para o leite de camelo pode ser de até US$ 10 bilhões.

Depois das vacas, agora são os camelos que viram objetos de exploração, fonte de renda, meras coisas que se manipulam para o consumo humano.

Obviamente que não podemos conceber que quaisquer espécies sejam exploradas para fins lucrativos, nem para qualquer outro fim que interesse apenas aos seres humanos.

Com informações do Último Segundo

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